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clinicasjovenslivres
19 de fev. de 2022
In Discussões gerais
Em junho de 2019, foi aprovado projeto de lei que altera a Lei Antidrogas (11.343 / 06), que prevê internação involuntária (contra a vontade dos usuários de drogas), acolhimento de usuários de drogas na comunidade de tratamento e uso de itens apreendidos. Transporte, como veículos e aviões. A nova lei (13.840/ 19) é sancionada por 27 vetos, que são analisados ​​pela Assembleia Nacional. A norma estabelece que a coalizão será responsável pela formulação e coordenação das políticas nacionais antidrogas e pela integração das ações federais, estaduais e municipais. O projeto é de Osmar Terra, vice-presidente da licença e atual ministro da Cidadania. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2013 e aprovado pelo Senado no mês passado. Internação ou Hospitalização involuntária De acordo com a lei, a hospitalização pode ser voluntária ou involuntária. Os involuntários dependerão da necessidade de familiares ou responsáveis, ou caso não, de servidores públicos da área de saúde, assistência social ou instituições públicas integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas de Drogas (Sisnad). O tempo máximo de internação é de 90 dias, dependendo da avaliação do tipo de medicamento, da forma de uso e da confirmação da possibilidade de uso de outras alternativas terapêuticas. Todas as admissões e dispensas devem ser comunicadas ao Ministério da Relações Públicas, Defensoria Pública e demais órgãos de fiscalização do Sisnad em até 72 horas. A lei também prevê que, independentemente do tipo de internação, seja elaborado um plano de atendimento personalizado (PIA) com a participação de familiares. Comunidade e Clínicas de Reabilitação O acolhimento na comunidade de tratamento será sempre voluntário. Eles devem fornecer um ambiente propício ao desenvolvimento pessoal e não podem ser fisicamente isolados dos outros. A admissão dependerá sempre de avaliação médica, como acontece no Grupo Jovens Livres. Usuários com sérios problemas de saúde ou psicológicos não podem permanecer nessas comunidades. O que você pode fazer antes de recorrer a internação involuntária? Se você acha que um ente querido está lutando contra um problema de dependência, pode já estar se perguntando o que fazer para ajudá-lo. Felizmente, existem várias maneiras de fazer isso. Aqui estão alguns. Declare o problema claramente Muitas pessoas viciadas em drogas, álcool ou outras substâncias nocivas não percebem que têm um problema. É por isso que muitas vezes continuam neste caminho destrutivo em vez de pedir ajuda. Portanto, você deve ter uma conversa franca com a pessoa em questão para que ela saiba que você percebeu um problema, apontando que é anormal e doentio continuar a viver dessa maneira. Fale sobre como você se sente sobre esse vício Assim que a pessoa vir o problema, você deve informá-la do quanto isso a afeta e que impacto tem sobre você e os outros. Diga a ele que você teme por seu bem-estar físico, mental e emocional. Algumas pessoas pensam que seu problema de dependência não afeta as pessoas ao seu redor. Descobrir que é de fato o oposto pode ser extremamente benéfico. Ofereça sua ajuda Você pode oferecer sua ajuda depois de expressar suas preocupações sobre o vício em questão e explicar suas consequências para as pessoas ao redor da pessoa em questão. Você ficará surpreso com a quantidade de ajuda que poderá oferecer. Uma das coisas que você pode fazer é fornecer a ele o número de uma organização certificada em vícios que pode fornecer os recursos e serviços apropriados. Não incentive esse comportamento A pessoa que você está tentando apoiar pode pedir ajuda para manter o vício, por exemplo, pedindo-lhe para conseguir drogas, álcool ou, de forma mais sutil, pedindo ajuda. dinheiro para comida quando de fato o dinheiro será usado para pagar por seu consumo. Algumas pessoas podem até dizer que seus fornecedores (traficantes) vão tirar sua vida se ele não pagar, o que é principalmente manipulação para dar-lhe dinheiro para consumir. Mesmo se você recusar, ela pode tentar usar tóxicos na sua presença. Embora você não possa impedi-la de fazer isso, você deve deixá-la saber que você não aprova esse tipo de comportamento e que não participará dele. Posso obrigar um dependente químico a se cuidar? Procurar uma Clínica de Recuperação e se internar? Você pode querer forçá-lo a cuidar de si mesmo. Essa tentação é perfeitamente legítima quando confrontada com alguém que tem um problema e que não pode ser curado. No entanto, isso não é possível. Com efeito, o sucesso de um processo de cuidar depende da aliança que deve ser construída entre o profissional e o usuário de drogas. Essa aliança terapêutica não pode existir se a pessoa não participa voluntariamente do cuidado que lhe é oferecido. As tentativas de tentar mudá-lo por meio de coerção, vigilância, chantagem ou outros meios estão fadadas ao fracasso. Querer controlá-lo é esquecer que seu ente querido é viciado, que seu consumo se tornou uma necessidade para ele, o que o leva a contornar os meios de prevenção ou limitação do uso de drogas. No entanto, isso não significa que você não possa fazer nada. Lembre-se que o Grupo Jovens Livres Consultoria está disponível 24h por dia para oferecer o melhor recurso e reabilitação de seus entes queridos!
Lei que permite Internação Involuntária de Dependentes de Drogas content media
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clinicasjovenslivres
19 de fev. de 2022
In Discussões gerais
Ecstasy ou MDMA é o protótipo de alucinógenos estimulantes, ou seja, drogas psicotrópicas com efeitos alucinógenos e estimulantes. Embora seja um dos desreguladores do sistema nervoso central pelos seus efeitos alucinógenos, o ecstasy ou MDMA (metilenodioximetanfetamina) é um derivado da anfetamina que se caracteriza principalmente pelas suas propriedades estimulantes. O aparecimento maciço do ecstasy está notavelmente associado ao surgimento do movimento techno musical e das festas rave. Durante a noite, o usuário pode dançar contínua e repetidamente por horas. Hoje em dia, essa substância é consumida em outros locais de festas como boates, bares, etc . Composição de MDMA O ecstasy ou MDMA costuma ter composição incerta, pois nem sempre está presente no produto comercializado no mercado negro ou pode ser misturado a outras substâncias. A adulteração pode ser feita com anfetaminas (incluindo metanfetamina), alucinógenos (LSD, PCP, cetamina, etc.), outros estimulantes (cafeína, efedrina), anabolizantes ou analgésicos (aspirina). O ecstasy também pode ser cortado com amido, detergentes, sabão, etc. Ecstasy ou MDMA podem vir em comprimidos, cápsulas ou pó. Geralmente, é vendido na forma de tabletes de várias cores e formatos, muitas vezes gravados com vários motivos (coração, estrela, borboleta, trevo, etc.). Esses logotipos não garantem a qualidade ou pureza do produto. O ecstasy é geralmente tomado por via oral. Em alguns casos, é inalado, fumado ou mesmo injetado por via intravenosa. As doses de MDMA podem variar de 10 a 150 mg por comprimido, causando variações significativas na intensidade dos efeitos sentidos. Efeitos do MDMA Imediatamente após a ingestão de MDMA produz efeitos estimulantes, mas menos intensos que as anfetaminas. O consumidor sente emoções mais intensamente com um estado de euforia e desinibição facilitando as trocas e a comunicação. Muitas vezes descrito como a "droga do amor", o MDMA promove a comunicação verbal e não verbal, através dos sentidos, em particular o tato (efeito entactogênico). Também dá a impressão de poder se colocar no lugar dos outros e se aproximar deles física e psicologicamente (efeito empatogênico). Em doses mais altas, pode modificar a percepção sensorial geral. Efeitos colaterais de longo prazo do MDMA Tomado regularmente, o MDMA pode criar danos neurotóxicos irreversíveis aos neurônios, causando depressão crônica, distúrbios do sono e irritabilidade. É também a causa de distúrbios de memória e concentração, envelhecimento prematuro do cérebro e distúrbios crônicos do sono. Efeitos no cérebro O MDMA atua no cérebro como um importante liberador de serotonina, causando seus efeitos quando tomado e daí o desagradável fenômeno da "descida". Efeitos no corpo O MDMA aumenta a temperatura corporal e altera a freqüência cardíaca e a pressão arterial, o que pode causar insuficiência renal e parada cardíaca com risco de vida. Em alguns consumidores, pode ser a causa de hepatite aguda que requer tratamento urgente. Efeitos na libido O MDMA tem um efeito estimulante na libido do consumidor. Devido aos seus efeitos em patogênicos e entactogênicos, também tem fama de "droga do amor" e pode ser consumida para esse fim. Duração dos efeitos Os efeitos aparecem rapidamente, cerca de meia hora após a ingestão, e duram entre 2 e 4 horas. Riscos de MDMA O MDMA aumenta o risco de insuficiência renal devido à desidratação grave que causa. Também perturba o ritmo cardíaco e aumenta o risco de fibrilação ventricular e parada cardíaca. Poucos dias após o consumo, pode desencadear ataques de pânico, paranóia ou depressão intensa que podem levar ao suicídio. Todos esses efeitos dependem do estado de saúde do consumidor, mas também do seu nível de fadiga e atividade. Eles requerem cuidados médicos urgentes. Perigos do Ecstasy Os efeitos estimulantes são predominantes no êxtase e causam excitação, acompanhada por uma sensação de poder físico e mental, bem como a supressão da fadiga, fome e dor. Os efeitos alucinógenos são relativamente fracos e geralmente se manifestam apenas em altas doses. O ecstasy causa, em primeiro lugar, ansiedade moderada, taquicardia (aumento da freqüência cardíaca), pressão alta e contração dos músculos da mandíbula. A pele fica pegajosa, a boca seca. Posteriormente, o usuário sente euforia, relaxamento, redução da sensação de cansaço, maior autoconfiança e menos inibições. Isso é acompanhado por uma acentuação das percepções sensoriais, maior expressão de emoções e melhor comunicação com os outros. Em um contexto que facilita as trocas verbais, os consumidores experimentam uma sensação de liberdade, espontaneidade e imprudência no relacionamento com os outros. Ela se manifesta entactogênica (capacidade aumentada de introspecção e ver mais claramente em si mesmo), empatogênica (capacidade de se colocar no lugar dos outros e entender o que eles estão sentindo) e uma exacerbação das sensações táteis e sensibilidade à música. Esta fase de sensações agradáveis ​​é geralmente seguida de descida (crash) e efeitos contrários aos desejados. Eles são caracterizados por: fadiga, ansiedade generalizada, inquietação, distúrbios do sono, problemas de ereção, tristeza, depressão; mau humor. Essas reações podem ser acompanhadas por estados de pânico, pesadelos e comportamentos irracionais, impulsivos e até obsessivos. A depressão pode exigir uma consulta médica três ou quatro dias após a ingestão do ecstasy. O desejo de recuperar as primeiras sensações leva o usuário a aumentar as doses e, portanto, a se expor aos riscos de overdose. Efeitos Crônicos do Ecstasy O uso prolongado de MDMA ou ecstasy pode levar a vários distúrbios psiquiátricos, que incluem: ansiedade e ataques de pânico, medos persistentes e distúrbios do sono; déficits de memória e funções cognitivas prejudicadas; ataques de raiva, transtornos depressivos maiores e pensamentos suicidas; reminiscências de alucinações; anorexia (perda de apetite) e outros transtornos alimentares. A toxicidade neurológica da metilenodioximetanfetamina (MDMA) está atualmente sendo estudada em humanos. Estudos em ratos mostram que uma única dose de MDMA ou ecstasy pode degenerar os neurônios da serotonina. Em humanos, o consumo crônico de MDMA ou ecstasy aumenta o risco de desenvolver a síndrome da serotonina, que é caracterizada por inquietação, confusão, irritabilidade, alteração da consciência, fraqueza, rigidez muscular, febre, sudorese, calafrios, tremores, hipertensão, convulsões e colapso cardiovascular. Portanto, todos os dados científicos coletados até o momento requerem grande cautela ao administrar MDMA ou ecstasy, especialmente porque os efeitos sutis no sistema nervoso central podem não aparecer antes de vários anos de consumo.
MDMA: É a Droga da vez entre os jovens content media
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clinicasjovenslivres
18 de fev. de 2022
In Discussões gerais
Resumo A dependência emocional é um transtorno caracterizado por comportamentos aditivos em relacionamentos amorosos. Entretanto, ainda há debate se esta dependência seria considerada uma patologia, como denominá-la e quais sintomas a definiriam. Assim, o presente estudo visa realizar uma avaliação sistemática da literatura acerca do tema, revisando artigos anexados nas bases de dados Scielo, Portal de Periódico CAPES e Google Acadêmico, publicados entre 2000 e 2014. Após uma análise criteriosa, foram selecionados 20 estudos. Os resultados mostraram que a dependência emocional é definida como um transtorno aditivo, no qual o indivíduo necessita do outro para manter seu equilíbrio emocional. Sua etiologia está relacionada ao desenvolvimento do apego na infância, além de fatores culturais e filogenéticos. Os tratamentos indicados são: terapia individual, terapia grupal, grupos de apoio e livros de autoajuda. Algumas inconsistências entre os estudos são discutidas, apontando a necessidade de mais estudos na área a fim de elucidar estas questões. Palavras-chave: dependência emocional; dependência afetiva; dependência de relacionamentos; dependências genuínas. Abstract Emotional Dependency is a disorder characterized by addictive behaviors in romantic relationships. However, there is still controversy about whether this dependency should be considered pathological, as well as its appropriate denomination and the symptoms that would define it. This paper presents a systematic evaluation of the literature on emotional dependency, reviewing all the indexed articles in Scielo, CAPES, and Scholar Google databases, published between 2000 and 2014. After careful analysis, 20 studies were selected. The results show that emotional dependency is defined as an addictive disorder, in which the individual needs another to maintain his emotional balance. Its etiology is related to the development of attachment during childhood, in addition to cultural and phylogenetic factors. The indicated treatments are individual therapy, group therapy, support groups and self-help books. We point out some inconsistencies among the studies, showing the need for more research to elucidate these questions. Key words: emotional dependency; affective dependence; relational dependency; genuine dependence. Resumen La dependencia emocional es un trastorno caracterizado por comportamientos aditivos en las relaciones amorosas. Sin embargo aún hay debates sobre si esta dependencia sería considerada una patología, cómo denominarla y qué formas la definía. Así el actual estudio tiende a realizar una evaluación sistemática de la literatura sobre el tema, revisando artículos anejos en las bases de datos Scielo, Portal de Periódico CAPES y Google Académica publicados entre 2000 y 2014. Después de un análisis juiciosa, fueron seleccionados 20 estudios. Los resultados muestran que la dependencia emocional es definida como un trastorno aditivo, en el que el individuo necesita del otro para mantener su equilibrio emocional. Su etiología está relacionada al desarrollo de apego en la infancia, además de factores culturales y filogenéticos. Los tratamientos indicados son: terapia individual, terapia en grupo, grupos de apoyo y libros de autoayuda. Algunas inconsistencias entre los estudios se señalaron. Key words: dependencia emocional; dependencia afectiva; dependencia de relacionamientos; dependencias genuinas. Introdução Um sentimento que permeia muitas relações humanas é o amor. Esta emoção é alvo de diversos escritores, cientistas e filósofos, tanto em perspectivas otimistas, como Kant e Byron, como em pessimistas, tais como Goethe e Schopenhauer (Sánchez Aragón, 2007). O amor é também objeto de estudo de psicólogos sociais, pois faz parte das relações humanas. Dentre as diversas teorias psicológicas sobre o amor, Sternberg (1988) propõe a teoria triangular do amor, em que o descreve como resultado de três elementos: Intimidade, Paixão e Compromisso. A Intimidade refere-se ao sentimento de proximidade, ligação e conexão com o outro. A Paixão envolve a ânsia de se unir ao parceiro, sendo a expressão de desejos e necessidades como autoestima, amparo, afiliação, dominação, submissão e realização sexual. O último componente, Compromisso, consiste em dois aspectos que não necessariamente ocorrem concomitantemente: o primeiro é de curto prazo, que seria a decisão de amar ao outro e o segundo a longo prazo, referente ao compromisso de manter esse amor. Entretanto, apesar da divisão dos componentes do amor em apenas três categorias, estas, quando combinadas, podem resultar em diferentes tipos de amor. Yela (1997) realizou uma revisão deste modelo, dividindo a Paixão em dois componentes: erótica e romântica. Assim, o modelo proposto consistiria em quatro elementos: Compromisso, Intimidade, Paixão Erótica e Paixão Romântica. A Paixão Erótica estaria relacionada à dimensão física e fisiológica do amor. Já a Paixão Romântica consistiria em ideias e atitudes impetuosas sobre o objeto amado, que seriam próprias da construção cultural do amor em nossa sociedade: pensamentos intrusivos, idealização, crença de que existe algo mágico na relação, identificação do companheiro com o ideal romântico de parceiro, entre outros. O fator Intimidade compreenderia aspectos recíprocos de um vínculo especial de união afetiva, tais como: apoio emocional, compreensão, entendimento, confiança, segurança e conforto junto ao companheiro. Por fim, o componente Compromisso referir-se-ia à decisão de manter o relacionamento apesar das dificuldades encontradas, devido ao apreço e estima sentidos pelo amado e pela própria relação. Outro aspecto que tem recebido atenção dos estudiosos são os mecanismos neurológicos envolvidos nas relações amorosas. Observa-se que os sentimentos amorosos utilizam as mesmas vias neurais que substâncias psicoativas, ativando os sistemas de recompensa do cérebro (Fisher, Aron, & Brown, 2005) e criando sintomas de dependência similares. Portanto, apesar do termo “dependência” ser tradicionalmente ligado ao uso de substâncias ou drogas psicoativas, as dependências de sentimentos (denominação utilizada por Moral e Sirvent, 2009) ou as Dependências de Relacionamentos (denominação proposta por Sirvent, 2000) também merecem ser objeto de pesquisa e intervenção, visto que apresentam etiologia e sintomatologia semelhante à de outras dependências. Neste sentido, a Dependência de Relacionamentos, segundo Sirvent (2000) seria caracterizada por comportamentos aditivos que teriam como base os relacionamentos interpessoais. Bornstein e Cecero (2000) propõe que uma relação de dependência pode ser definida por quatro elementos: motivacional, afetivo, comportamental e cognitivo. O componente motivacional refere-se à necessidade de suporte, orientação e aprovação. O segundo componente, afetivo, está relacionado à ansiedade sentida pelo indivíduo diante de situações nas quais ele necessita agir independentemente. O componente comportamental alude à tendência a buscar ajuda de outros e de submissão em interações interpessoais. E o último componente remete à percepção do sujeito como impotente e ineficaz. Assim, pode-se classificar as Dependências de Relacionamentos em dois tipos: (1) as Genuínas, quando apenas uma patologia relacionada à dependência afetiva está envolvida e (2) as Mediadas, quando o sujeito é adicto ou convive e depende de um. Dentre as Dependências Genuínas estariam: a Dependência Emocional, a Tendência Dependente, o Apego Ansioso, os Transtornos de Personalidade (entre eles, dependente, limítrofe e antissocial), etc. Já nas dependências mediadas estariam a codependência e a bidependência. A codependência ocorre quando um indivíduo não adicto estabelece um vínculo patológico e depende de outro sujeito, que por sua vez, é dependente de drogas ou álcool. Por sua vez, na bidependência, um indivíduo adicto estabelece uma relação dependente com outras pessoas, que podem ou não fazer uso de substâncias psicoativas (Sirvent, 2000). Considerando-se esta categorização, o presente estudo teve como foco um subtipo de dependência genuína: a Dependência Emocional. Esta foi definida por Moral e Sirvent (2008) como um padrão crônico de demandas afetivas insatisfeitas, que buscam ser atendidas através de relacionamentos interpessoais caracterizados por um apego patológico. Apesar de essas dependências seremignoradas por muitos profissionais, são muito frequentes no cotidiano clínico. Ademais, comumente figuram como comorbidades de outras psicopatologias, como depressão, transtornos alimentares e transtornos ansiosos (Arntz, 2005; Bornstein, 2012). A tudo isto soma-se o fato de que a maioria dos pacientes não busca ajuda e os que o fazem são, em sua grande maioria, mulheres (Sirvent, 2000). Portanto, nota-se que as dependências de relacionamentos se configuram como um campo de estudo ainda pouco explorado, necessitando de maiores investigações e maior unidade no que se refere aos termos utilizados, que são variados e pouco precisos em sua definição operacional. Dessa forma, o presente artigo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura a fim de obter um panorama geral sobre a produção científica acerca da Dependência Emocional. Método Para atingir o objetivo proposto, foi realizada uma revisão sistemática da literatura através de um levantamento exclusivamente eletrônico nas bases de dados: Scientific Library Online (SciELO), Portal de Periódicos CAPES e Google Acadêmico. Foram selecionadas cinco palavras-chave, pesquisadas individualmente: “Affective Dependence”, “Emotional Dependency”, “Pathological Love” e “Love Addiction”. Os critérios de inclusão empregados foram: artigos científicos, publicados entre os anos de 2000 a 2014, nos idiomas Inglês, Português e Espanhol, quantitativos ou teóricos, cujos objetivos principais se referiam à investigação da dependência emocional. Os critérios de exclusão se referiram a pesquisas relacionadas à validação de instrumentos de avaliação psicológica, qualitativas e com participantes menores de idade. Também foram excluídos livros, teses e artigos não científicos. Incluíram-se apenas artigos referentes às dependências genuínas, ou seja, apenas dependências afetivas, sem o envolvimento de indivíduos que façam uso de substâncias químicas. Desta forma, foram excluídos artigos referentes a dependências mediadas, como a codependência e a bidependência. A partir dos critérios de inclusão e exclusão, foram encontrados 3.635 artigos, sendo que, destes, apenas 2.506 artigos foram avaliados, devido à impossibilidade de acesso aos demais artigos em função da visualização permitida em cada base de dados. A seleção inicial destes artigos ocorreu através de seus títulos, sendo excluídos, neste processo, 2.183 artigos pelos seguintes motivos: 88 títulos eram duplicados, 91 artigos eram referentes a crianças e adolescentes, 639 eram teses, cartas, livros ou editoriais, 126 versavam sobre outras dependências como drogas e tabaco, 227 consistiam em análises de documentos artísticos, 120 abordavam diferentes patologias e psicopatologias, 59 abarcavam assuntos relativos à fisiologia, 41 foram escritos em idiomas não considerados nesta pesquisa, 587 não se referiam à dependência emocional, 1 estudo era anterior ao ano 2000, 144 se referiam à política e/ou ética e 60 eram sobre pedagogia. Por fim, obteve-se um total de 251 artigos para a segunda etapa de análise. A segunda análise foi realizada através da leitura dos resumos de cada artigo. Nesta etapa, foram excluídos 216 artigos: 9 discorriam exclusivamente sobre apego, 27 eram relativos a outras dependências como drogas, álcool ou codependência, 2 estavam escritos em idiomas não abarcados por esse estudo, 7 versavam sobre biologia e fisiologia, 50 aludiam a relacionamentos amorosos e seus conflitos, 54 eram teses ou capítulos de livros, 6 eram relacionados a rganizações, 14 consideravam outras patologias e psicopatologias, 39 abordavam violência, 6 consistiam na construção de instrumentos padronizados e 2 eram estudos de caso. Assim, foram selecionados 35 artigos que passaram por uma terceira análise. Esta etapa consistiu na leitura integral dos artigos, eliminando-se 15 trabalhos: 5 estudos de caso, 1 sobre diferenciação entre vícios, 4 cujos objetivos não estavam relacionados à dependência emocional, 3 que falavam sobre a dependência a um indivíduo dependente e 2 artigos aos quais não foi possível ter acesso. Portanto, a amostra final desta pesquisa consistiu em 20 artigos científicos referentes à dependência emocional e/ou afetiva. Resultados Os resultados descritivos dos artigos selecionados pela revisão sistemática encontram-se no Apêndice A. Dentre os artigos selecionados, treze (65%) eram estudos empíricos e sete (35%) eram trabalhos teóricos, sendo um de meta-análise, um de revisão sistemática da literatura e cinco revisões da literatura. Os estudos empíricos contaram com um total de 3.954 participantes, sendo os estudantes universitários o grupo mais analisado, representando 74% das amostras (2.916 sujeitos). Quanto à sua nacionalidade, os estudos estiveram distribuídos da seguinte maneira: seis eram dos Estados Unidos, quatro da Colômbia, dois da Austrália e um trabalho de cada país listado: Brasil, Irã, País Basco, Países Baixos, Espanha, Israel, Noruega e México. Observou-se um interesse crescente da comunidade científica sobre o assunto conforme pode ser observado na Figura 1, que demonstra que no período de 2000 a 2006 foram publicados sete artigos. Já no período entre 2007 e 2013 foram treze publicações sobre o tema. Relação aos trabalhos teóricos, três tinham como objetivo definir a dependência emocional abordando sua conceituação, etiologia e tratamento (Hoogstad, 2008; Izquierdo Martínez & Gomes-Acosta, 2013; Sussman, 2010). Dois artigos discutiram a relação entre dependência emocional e violência (Bornstein, 2006, 2012), um relacionava a dependência emocional aos traços do modelo dos Cinco Grandes Fatores (Bornstein & Cecero, 2000) e dois diferenciaram a dependência emocional de outros tipos de dependência: funcional (Arntz, 2005) e econômica (Bornstein, 2006). Os trabalhos empíricos se dividiram da seguinte forma: três visavam traçar o perfil cognitivo dos dependentes emocionais (Jaller Jaramillo & Lemos Hoyos, 2009; Lemos Hoyos, Londoño Arredondo, & Zapata Echavarría, 2007; Lemos, Jaller, González, Díaz, & De La Ossa, 2012), três investigaram a relação entre dependência e apego (Ahmadi, Davoudi, Ghazaei, & Mardani, 2013; Alonso-Arbiol, Shaver & Yárnoz, 2002; Franco & Aragón, 2008) e dois pesquisaram sobre a relação entre violência e dependência emocional (Charkow & Nelson, 2000; Kane, Staiger, & Ricciardelli, 2000). Um artigo buscou realizar uma análise clínica a fim de diferenciar características de dependentes emocionais com relação a outros tipos de dependências de relacionamentos e da população geral (Moral & Sirvent, 2009) e outro comparou um grupo com dependência emocional e um sem dependência emocional quanto à impulsividade, personalidade e satisfação em relacionamentos românticos (Sophia et al., 2009). Também foi abordada a relação entre a dependência emocional e outros assuntos, tais como: dependência instrumental, diferenças entre gêneros (Alonso-Arbiol et al., 2002), papéis nos relacionamentos amorosos (Charkow & Nelson, 2000), ciúmes (Franco & Aragón, 2008), modelo de doiscomponentes proposto por Livesley (Gude, Hoffart, Hedley, & Rø, 2004), agressividade (Kane et al., 2000), timidez (Myers, Dilks & Marceaux, 2007) e traços do modelo dos Cinco Grandes Fatores (Rubinstein, 2007). É importante ressaltar que estes objetivos se referem muitas vezes ao mesmo artigo, já que algumas publicações possuíam mais de um objetivo. Apesar de utilizarem praticamente a mesma definição, os trabalhos divergiram quanto à nomenclatura utilizada. O termo mais empregado foi dependência emocional (9), seguido por dependência interpessoal (3), Transtorno de Personalidade Dependente (3), dependência amorosa (2), amor patológico (1), amor obsessivo (1) e dependência nos relacionamentos (1). Todos os autores que definiram a dependência emocional afirmaram que o indivíduo com este transtorno necessita do outro para estabilidade emocional (Hoogstad, 2008; Izquierdo Martínez & Gomes-Acosta, 2013; Sussman, 2010). Por outro lado, Arntz (2005) distinguiu os conceitos de dependência emocional e dependência funcional. A primeira seria caracterizada como uma necessidade de ligação emocional e um senso de cuidado com o outro. Já o dependente funcional poderia sentir-se incapaz de cuidar de si mesmo, necessitando de uma pessoa mais forte da qual possa depender. No entanto, ambos conceitos dizem respeito a uma relação afetiva patológica e dependente. Quanto à etiologia, os autores (Hoogstad, 2008; Izquierdo Martínez & Gomes-Acosta, 2013; Sussman, 2010) parecem concordar quanto à influência do desenvolvimento afetivo durante a infância nas relações amorosas futuras. Hoogstad (2008) afirma que é necessário que a criança cresça em um ambiente afetuoso e seguro, com aceitação incondicional, para que consiga desenvolver sua identidade de forma sadia. Assim, o apego, como comportamento aprendido durante a infância influenciaria nos relacionamentos da vida adulta, podendo levar o indivíduo a desenvolver relacionamentos sadios ou disfuncionais de acordo com a forma com que aprendeu a se apegar (Izquierdo Martínez & Gomes-Acosta, 2013; Sussman, 2010). Três estudos procuraram verificar a relação entre os estilos de apego e a dependência emocional. Encontrou-se uma correlação positiva entre o apego preocupado e a dependência emocional (Alonso-Arbiol et al., 2002; Franco & Aragón, 2008) e entre o apego ambivalente e a dependência emocional (Ahmadi et al., 2013, Sophia et al., 2009). Já aqueles indivíduos não diagnosticados com dependência emocional apresentaram predominantemente o apego seguro (Sophia et al., 2009). Entretanto, Alonso et al. (2002) afirmaram existir uma forte correlação negativa entre o apego evitativo e a dependência emocional, enquanto que Franco e Aragón (2008) sugeriram existir uma correlação forte e positiva entre estes dois construtos. Dois fatores que também podem contribuir para o desenvolvimento da dependência emocional estariam relacionados aos níveis de seleção filogenético e cultural. O primeiro seria o componente neurobiológico, que explicaria a dependência emocional a partir de uma fixação na superativação neuronal, frequente no início de relacionamentos; ou seja, o indivíduo necessitaria dessa atividade neuronal aumentada para se sentir confortável em seu relacionamento atual. O segundo fator seria o cultural, associado principalmente à mídia, que retrata o amor como algo idealizado, sinalizando como um comportamento comum a obsessão e a dependência exagerada do objeto amado (Sussman, 2010). Quanto à prevalência da dependência emocional, não houve consenso entre as pesquisas: Sussman (2010), a partir de uma revisão da literatura, afirmou que entre 5% a 10% da população seria dependente emocionalmente. Ahmdi et al. (2013) verificaram que 17,9% de uma amostra de 290 pessoas apresentou dependência emocional. Outros estudos obtiveram uma porcentagem de 24,6% da amostra estudada com tal patologia (569 sujeitos) (Lemos et al., 2012; Jaller Jaramillo & Lemos Hoyos, 2009). Gude et al. (2004) afirmam que essas discrepâncias ocorrem principalmente em função do tipo de participantes utilizados nas pesquisas, ressaltando que a incidência do transtorno de personalidade dependente varia de 17% em pacientes internados, 29% em pacientes que recebem tratamentos diários e de até 47% em pacientes ambulatoriais. No que se refere ao gênero, também não houve concordância entre os estudos analisados. Alonso-Arbiol et al. (2002) afirmaram que a dependência emocional tende a ser mais acentuada na população feminina. Myers et al. (2007) também encontraram uma relação entre a dependência emocional e a timidez e os ciúmes nas mulheres. No entanto, Franco e Aragón (2008) constataram maior presença de ciúmes em homens, além de raiva, dor, temor e desconfiança. Já outros estudos não encontraram relação significativa entre gênero e dependência (Jaller Jaramillo & Lemos Hoyos, 2009; Lemos et al., 2012), impossibilitando extrair conclusões mais generalizadas sobre este tema. Outro assunto estudado foi a violência. Os estudos afirmaram que indivíduos caracterizados como dependentes emocionais tem maiores chances de realizarem/sofrerem violência doméstica e ainda assim manterem-se no relacionamento (Bornstein, 2006; Charkow & Nelson, 2000; Kane, Staiger, & Ricciardelli, 2000). Além disto, apresentam maiores riscos de apresentar comportamentos autodestrutivos (Bornstein, 2012), doenças físicas e outras psicopatologias, como transtornos alimentares, transtornos ansiosos e somatizações (Arntz, 2005; Bornstein, 2012). Com relação ao perfil cognitivo, os estudos divergiram. Lemos Hoyos et al. (2007) encontraram que os dependentes emocionais possuíam crenças centrais de dependência e paranoia, distorção cognitiva de falácia de mudança e um déficit na estratégia de enfrentamento autonomia. O esquema inicial desadaptativo predominante foi o de desconfiança/abuso (Lemos et al., 2012; Jaller Jaramillo & Lemos Hoyos, 2009). Já no estudo de Lemos Hoyos et al. (2007), a distorção cognitiva que mais diferenciava os dependentes emocionais da população geral eram a falácia de controle e as “deverias”. Ainda sobre o perfil dos dependentes emocionais, observaram-se comportamentos de submissão ao outro, sinais de fissura e abstinência na ausência do objeto amado, ausência de decisões nos relacionamentos, sentimentos de insatisfação, vazio emocional, medo da solidão, baixa tolerância a frustração, tédio, desejo de autodestruição e sentimentos negativos, falta de consciência sobre seus problemas, sensação de estarem presos ao relacionamento e de que não conseguirão deixá-lo, conflitos de identidade, foco excessivo no outro e autonegligência, assunção de toda a responsabilidade pelos acontecimentos e necessidade de ajudar o parceiro, tentando resolver todos os problemas (Moral & Sirvent, 2009). Sophia et al. (2009) também encontraram que os pacientes diagnosticados com dependência emocional eram mais impulsivos, apresentavam traços de evitação a danos, autotranscendência e possuíam relações mais insatisfatórias, quando comparados com um grupo controle. Já Bornstein e Cecero (2000) e Rubinstein (2007) observaram a presença de alguns traços de personalidade relacionados à dependência emocional, como neuroticismo e amabilidade. Para o tratamento da Dependência Emocional, a psicoterapia individual é a mais indicada por todos os autores, que divergem com relação à sua abordagem. Sussman (2010) não menciona um marco teórico específico, mas cita a entrevista motivacional e o autogerenciamento como meios eficientes para lidar com a dependência emocional. Outros autores recomendam a realização de terapia da realidade (Hoogstad, 2008) e terapia comportamental ou de aceitação e compromisso (Izquierdo Martínez & Gomes-Acosta, 2013). Outros tratamentos citados são a participação em grupos de apoio, especialmente aqueles com o programa dos doze passos, livros de autoajuda e terapia grupal (Sussman, 2010). Discussão A dependência emocional é um tema que recebe vasta atenção popular, sendo tema de livros, filmes e programas de televisão. Recentemente, esta temática também vem ganhando espaço no campo científico, dada a sua alta incidência na população, variando entre 5% a 24,5% (Ahmdi et al., 2013; Gude et al., 2004; Jaller Jaramillo & Lemos Hoyos, 2009; Lemos et al., 2012; Sussman, 2010). Entretanto, apesar das altas taxas de incidência e do número crescente de pesquisas na área, o tema ainda parece ser pouco estudado (Gude et al., 2004). No presente estudo, foi encontrada uma multiplicidade de terminologias referentes a este transtorno, o que ilustra a confusão conceitual e nominal acerca da dependência emocional. Tal confusão é evidenciada pela falta de pesquisas na área e o escasso conhecimento sobre o assunto. Talvez pela falta de parâmetros funcionais fornecidos pela quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) sobre o Transtorno de Personalidade Dependente, os pesquisadores passaram a utilizar outras nomenclaturas para o mesmo problema (Bornstein, 2006). Por exemplo, Arntz (2005) e Bornstein (2012) argumentaram que a definição do Transtorno de Personalidade Dependente fornecida pelo DSM-IV considerava apenas a dependência funcional e não contemplava traços de dependência emocional. O DSM-5, apesar de incluir o Transtorno de Personalidade Dependente (TPD), sugere a sua retirada. No entanto, Bornstein (2011) questiona os métodos de formulação dos critérios diagnósticos do DSM, como: (a) informações imprecisas por parte do grupo dos consultores do DSM com relação à literatura utilizada para embasar as mudanças realizadas, não fornecendo dados sobre os critérios de inclusão e exclusão e o método utilizado para a revisão; (b) falta de suporte empírico para as mudanças propostas, pois, os estudos revisados não forneciam evidências suficientes de que os Transtornos de Personalidade que continuaram no manual possuíam mais validade e utilidade clínica do que aqueles que foram retirados. Por exemplo; encontrou-se que os custos de saúde associados com o Transtorno De Personalidade Histriônica e o Transtorno de Personalidade Dependente (recomendados para serem excluídos) foram maiores do que os custos associados aos Transtornos de Personalidade: obsessivo compulsivo, antissocial e esquiva (recomendados para continuarem no manual), sinalizando que o TPD traz sérios prejuízos psicossociais; (c) priorização de alguns transtornos de personalidade em detrimento de outros, visto que alguns transtornos foram mais estudados e, assim, possuíam mais evidências do que outros que não foram investigados. Portanto, é provável que, futuramente, o TPD receba uma nova e melhor categorização, uma vez que as adições comportamentais já estão sendo reconhecidas e incluídas no DSM como parte dos transtornos aditivos. Porém, ainda é necessário que se obtenha um melhor entendimento sobre as características desta dependência. O perfil dos dependentes emocionais encontrado nos estudos revisados nesta pesquisa assemelha-se ao afirmado na literatura. De modo geral, as pessoas que tem dependência emocional são descritas como submissas, com dificuldades de tomar decisões em seus relacionamentos, sentindo-se responsáveis por todos os acontecimentos e centrando-se completamente em sua relação. Assim, tendem a prestar cuidados excessivos ao outro e resolver os seus problemas, mesmo que isso implique em se auto negligenciar (Moral & Sirvent, 2008). Não se encontrou um consenso nas pesquisas no que se refere à prevalência de gênero neste transtorno. Uma possível explicação para essa questão seria o fator cultural, uma vez que em algumas culturas se acredita que para as mulheres um relacionamento é essencial para a felicidade, e que elas devem ser submissas aos seus maridos, satisfazendo todos os seus desejos (Charkow & Nelson, 2000). Além disto, o modo como as relações amorosas são retratadas na mídia e na literatura também acabam por reforçar os padrões patológicos da dependência emocional (Norwood, 1985; Sussman, 2010). Dessa forma, os fatores culturais, muitas vezes, levam os indivíduos a almejar relacionamentos dependentes, ou então, quando os vivem, acreditam que esta dependência seja “normal”. Apesar desta grande influência cultural no desenvolvimento e manutenção do transtorno, os estudos revisados mostraram que a dependência emocional deve ser entendida como um transtorno multifatorial, sendo influenciada também por fatores neurológicos e psicológicos. Pesquisas recentes têm investigado sobre as bases neurológicas do amor, encontrando que estas se assemelham aos mecanismos envolvidos na utilização de substâncias psicoativas (Fisher et al., 2005; Vasconcelos et al., 2002). Por outro lado, a vivência familiar e os estilos de apego aprendidos também contribuem com a dependência emocional (Feeney & Noller, 1990; Hazan & Shaver, 1987). Izquierdo Martinez e Gomes-Acosta (2013) e Sussman (2010) afirmam que os estilos de apego aprendidos durante a infância seriam repetidos na idade adulta, sendo predominante na dependência emocional o apego preocupado (Alonso-Arbiol et al., 2002; Franco & Aragón, 2008) e o apego ambivalente (Ahmadi et al. 2013, Sophia et al. 2009). Em ambos, é predominante a visão negativa de si mesmo e a positiva de outros (Bartholomew & Horowitz, 1991; Bartholomew & Shaver, 1998). Indivíduos com estes padrões de apego apresentam maiores índices de culpa em situações de rejeição social, e cuidados e envolvimento excessivo com o outro (Bartholomew & Horowitz, 1991). Assim, uma disfunção nos mecanismos neurais ou a sua junção com outros fatores, como o ambiente familiar, os estilos de apego e a cultura poderiam levar o indivíduo a estabelecer relações patológicas. Os comportamentos autodestrutivos e as comorbidades também parecem fazer parte do quadro de dependência. Deste modo, a dependência emocional pode estar associada a transtornos alimentares, transtornos ansiosos, somatizações e depressão (Arntz, 2005; Bornstein, 2012). Além disso, aumentam as chances de o indivíduo cometer suicídio ou para-suicídio, que ocorreriam na tentativa de impedir o abandono por parte do parceiro, mostrando sua vulnerabilidade, impulsividade e baixa tolerância à frustração, características próprias dos dependentes emocionais (Bornstein, 2012). Neste sentido, um tema bastante comum encontrado nos artigos analisados foi a violência. A dependência emocional seria um dos fatores de risco para a violência, principalmente a doméstica (Bornstein, 2006, 2012; Charkow & Nelson, 2000; Kane et al., 2000). Aparentemente, homens que são emocionalmente dependentes de suas parceiras tendem a desempenhar mais frequentemente o papel de abusadores, enquanto que as mulheres dependentestendem a ser vítimas (Bornstein, 2006, 2012). O dependente emocional tende a ser possessivo e tem medo de ser abandonado (Moral & Sirvent, 2009), além de ser mais impulsivo (Sophia et al., 2009) e ciumento (Franco & Aragón, 2008). Portanto, no caso dos homens, ao perceberem algum perigo em sua relação, seja ele real ou imaginário, podem tornar-se violentos e abusar de suas parceiras. No caso das mulheres, que geralmente são apontadas como vítimas, a dificuldade de término de relacionamento ocorre pelo medo de ficar sozinha e pelo sentimento de estar atada à relação (Moral & Sirvent, 2009). Porém, é importante interpretar esses dados com cautela, uma vez que Bornstein, (2006) ressalta o fato de que todos os estudos na área investigam sempre homens como abusadores e mulheres como vítimas e não o inverso. Também é importante lembrar o caráter de adição da dependência emocional, o que torna ainda mais difícil romper o relacionamento, principalmente pelos sintomas de fissura e abstinência que acometem o indivíduo ao tentar sair da relação (Izquierdo Martínez & Gomes-Acosta, 2013; Sussman, 2010). Para entender a dinâmica dos relacionamentos dependentes e a frequente violência neles presente, faz-se importante citar o triangulo de Karpman (citado por Hoogstad, 2008), que tem em seus vértices os seguintes papéis: perseguidor, salvador e vítima. Assim, em relacionamentos nos quais impera a dependência emocional, cada indivíduo assume um papel e, por vezes, os parceiros trocam de papéis. Este modelo evidencia o problema de colocar papéis estáticos no âmbito da violência doméstica, com o homem como abusador e a mulher como vítima, uma vez que um relacionamento é algo dinâmico. Também se nota a falta de estudos sobre os parceiros escolhidos pelos dependentes emocionais, já que a maioria dos estudos foca no dependente e não nos tipos de parceiros selecionados. O mais provável, segundo Moral e Sirvent (2008), é que ocorra uma dependência mútua, uma vez que os relacionamentos estabelecidos por estes tipos de indivíduos são extremamente conturbados, devido aos sentimentos de posse predominantes nos dependentes emocionais. Deste modo, a dependência mútua explicaria a permanência do parceiro e da relação, mesmo que conflituosa. Portanto, devido a todas as implicações individuais e sociais relacionadas à dependência emocional, é importante analisar formas de prevenção e tratamento adequadas. São comuns os tratamentos em grupos de apoio, sendo que no Brasil podem-se encontrar grupos como o MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas) e os HADA ou HADES (Homens que Amam Demais Anônimos). No entanto, não foram encontradas pesquisas científicas sobre formas de intervenção ou prevenção dirigidas à dependência emocional, apesar de serem essenciais na discussão sobre qualquer psicopatologia. O fato da literatura específica indicar como um dos meios de tratamento livros de autoajuda (Sussman, 2010) e a disseminação dos grupos de apoio atesta que a literatura popular trata do assunto há mais tempo do que a científica e evidencia a pouca atenção dada pela Psicologia e Psiquiatria ao tema, visto que ainda não estabeleceram protocolos terapêuticos específicos para estes indivíduos. Uma das dificuldades em tratar indivíduos com dependência emocional está relacionada à falta de consciência do problema por parte da população e dos próprios profissionais de saúde. Assim, o indivíduo tende a procurar psicoterapia quando um relacionamento chega ao seu fim e com a finalidade de mudar sua conduta de modo a poder reatar a relação perdida (Norwood, 1985; Sirvent, 2000). Por outro lado, quando este paciente busca ajuda de outros profissionais, a queixa é normalmente negligenciada ou amenizada, já que estes entendem que a dependência faz parte de qualquer relacionamento afetivo (Cogswell, Alloy, Karpinski, & Grant, 2010). Por fim, pode-se concluir sobre a necessidade de uma maior quantidade de estudos sobre o tema a fim de compreender algumas lacunas ainda existentes na literatura como: a escolha do parceiro, sua prevenção e tratamento, sua etiologia e prevalência, além de uma definição clara sobre os critérios diagnósticos. Apesar da discussão sobre a exclusão da dependência emocional dos manuais diagnósticos, este transtorno se mostra digno de atenção tanto devido à sua alta incidência na população como às suas consequências. Considerações finais Neste estudo procurou-se revisar a produção científica acerca do tema da dependência emocional. Os resultados apontaram que este transtorno é caracterizado pela necessidade de estar em um relacionamento a fim de se atingir estabilidade emocional. Tal patologia se assemelha à dependência de substâncias, tanto em relação à sintomatologia quanto aos processos neurais envolvidos. Também foi observado que a dependência emocional pode ter sérias implicações tanto para quem sofre desta problemática como para aqueles que estão à sua volta, sendo a violência doméstica a consequência mais discutida. Em função destas consequências negativas e do número de pessoas que sofrem dessa dependência, defende-se a necessidade de se obter uma visão mais precisa do tema. Apesar da alta incidência na população e do crescente número de publicações, o assunto ainda é negligenciado. Deste modo, acredita-se que uma compreensão mais aprofundada do tema facilitará seu diagnóstico, prevenção e tratamento, aspectos ainda pouco estudados na área. Foram encontradas algumas contradições na literatura específica, o que pode ser atribuído ao fato de ser um campo bastante influenciado por fatores culturais. Outra dificuldade encontrada foi a multiplicidade de terminologias utilizadas. Essa variedade dificulta o estudo do problema, impossibilitando a sintetização dos achados científicos já que, muitas vezes, os dados não são comparados justamente pela utilização de nomes diferentes. Assim, este estudo também se configurou como uma primeira tentativa de apresentar as diferenças entre as terminologias utilizadas, buscando uma compreensão mais abrangente deste transtorno. É importante ressaltar algumas limitações do presente estudo, uma vez que, apesar da escolha cuidadosa dos descritores utilizados, alguns artigos provavelmente não foram encontrados devido à diversidade de nomenclaturas. Durante o desenvolvimento do trabalho, também foi notado que outras palavras-chave pertinentes ao assunto não foram incluídas, como “Relationship dependency” e “Romance addiction”. Essa limitação pode ser resolvida através da integração entre o presente estudo e futuras revisões de literatura que abordem tais descritores. A pouca acurácia de alguns artigos ao descrever seus resultados também impede uma conclusão mais precisa e unificada dos achados sobre o tema. Portanto, acredita-se que este é um campo ainda pouco explorado, possibilitando que muitos estudos ainda sejam realizados. Apesar do número de publicações ser crescente, ainda são poucas as pesquisas que se dedicam a estudar este tema. Neste contexto, são necessários esclarecimentos sobre algumas questões, como a prevalência da dependência emocional tanto na população geral, quanto em relação a gêneros, verificando também a influência da cultura na incidência e manutenção desta patologia. Também é importante compreender melhor a dinâmica existente no relacionamento estabelecido por indivíduos dependentes e o tipo de parceiro escolhido por estas pessoas. Apesar de vários artigos teóricos versarem sobre a etiologia dessa dependência, não foi encontrada nenhuma pesquisa empírica sobre o assunto, o que é de extrema importância para o entendimento deste transtorno. Programas de tratamentos adequados para esse tipo específico de dependência também podem ser alvo de futuras pesquisas, já que muitos dos tratamentos sugeridos provêm de livros de autoajuda, derivam de tratamentos com dependentes químicos ou de tratamentos gerais adaptados para a dependência emocional. Tais intervenções geralmente não possuem testagem científica e nem comprovação de sua eficácia para pacientes com dependência emocional. Desta forma, faz-se necessário aumentar o debate sobre o tema a partir de pesquisas com maior rigor metodológico, de modo a ampliar a compreensão dos profissionais da saúde sobre a dependência emocional, seus aspectos constituintes e possibilidades de intervenção. Referências As referências marcadas com o símbolo * fazem parte da revisão da literatura. *Ahmadi, V., Davoudi, I., Ghazaei, M., & Mardani, M. (2013). Prevalence of Obsessive Love and Its Association with Attachment Styles. Procedia-Social and Behavioral Sciences , 84, 696-700. doi:10.1016/j.sbspro.2013.06.629 [ Links ] *Alonso–Arbiol, I., Shaver, P. R., & Yárnoz, S. (2002). Insecure attachment, gender roles, and interpersonal dependency in the Basque Country. Personal Reationships, 9(4), 479-490. doi: 10.1111/1475-6811.00030 *Arntz, A. (2005). 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Dependência emocional: uma revisão sistemática da literatura content media
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18 de fev. de 2022
In Discussões gerais
Diferentes pessoas usam diferentes drogas por diferentes razões. Podem experimentar drogas por curiosidade, por diversão (recreação), por pressão do grupo social (os seus amigos também o fazem) ou por problemas de ordem psicológica e de autoestima. Fonte(s) da resposta: 2) Como evitar ou reduzir o uso? Depende da população de que tratamos. As pessoas com problemas de uso abusivo de drogas provém de todos os níveis sociais e podem apresentar uma grande variedade de problemas físicos, mentais, laborais, sociais e/ou familiares, intimamente associados ao padrão de consumo, inclusive comorbidades de saúde associadas, impactando, assim, a possibilidade de tratamentos farmacológicos, decorrente da interação medicamentosa. Fonte(s) da resposta: Livro: “Drogas.sem - Aprenda a Ajudar Pessoas a se Livrar das Dificuldades com Álcool e Drogas” (Gigliotti et al., 2007). 3) Como lidar com estudantes ao falar sobre drogas? Clima de terror não ajuda em absolutamente nada e pode até dificultar. Isso porque as primeiras experiências de consumo de drogas são prazerosas, então o aluno terá dificuldade de entender a seriedade do problema. Recomendo ter informações para contrapor. A temática das drogas exige um alinhamento entre a escola e a família. É fundamental ter um diálogo aberto, franco e honesto para conhecer como a questão é discutida dentro da casa dos alunos. Muitas vezes, as drogas lícitas fazem parte do cotidiano dos próprios familiares. Portanto, é fundamental conhecer a realidade dessas famílias e chamá-las para um diálogo na escola. Nesse sentido, o ideal é fugir de discursos moralistas: a abordagem deve ser reflexiva. Como as drogas lícitas (a exemplo do tabaco e do álcool) acabam fazendo parte da vida dos estudantes desde muito cedo, devem ser os primeiros abordados dentro da sala de aula. Entretanto, é importante evitar um discurso extremista, pois será difícil criar uma relação direta entre a abordagem e a realidade vivida pelos estudantes. O trabalho deve ter um tom muito mais informativo. Os educadores, ademais, devem estar abertos às dúvidas e questionamentos dos estudantes a qualquer momento. Fonte(s) da respostas 4) Por quê proibir ou descriminalizar o porte de drogas para consumo pessoal? Apesar de concordarmos com o argumento de que medidas repressivas podem não ser as mais apropriadas para o enfrentamento do tema, bem como que o encarceramento em massa de pequenos traficantes e pessoas utilizadas como massa de manobra para o tráfico está longe de ser a solução, não estamos certos de que houve, no Brasil, uma abordagem séria, articulada e organizada que possa se aproximar de um “estado de guerra às drogas”. A Coordenação do Projeto Estratégico Semear se filia à abordagem proposta pela psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Ana Cecília Marques, no sentido de que para “Superar o fenômeno precisamos da estruturação de uma verdadeira política de drogas, apoiada no tripé prevenção, tratamento e controle da oferta”. Concordamos que “não estamos preparados para a legalização total e a economia das drogas é a grande responsável por isso. Sempre vai existir o traficante vendendo mais barato over the counter (ilegalmente)”. Além disso, precisamos superar inúmeros desafios relacionados à estruturação de uma rede de serviços de atenção e cuidados destinada aos usuários de drogas, que ainda não se revela efetiva. Outra medida imprescindível seria aprimorar a capacitação da polícia para compreender o fenômeno, principalmente em relação aos usuários, como extremamente complexo. É preciso entender a dependência química enquanto uma doença crônica, desconstruindo o estigma em torno do usuário e respeitando-o enquanto sujeito de direitos. A Dra. Ana Cecília é enfática, ainda, quanto à alteridade que deve permear a discussão: “O meu direito é aquele que termina quando invado o seu. A partir do momento que estou sob efeito de algo e mudo meu comportamento, já passei do limite e posso ser um risco à sua vida”. Há, ainda, vários argumentos que devem ser sopesados quando se está diante de temas como a descriminalização e a legalização das drogas: 1) As drogas produzem dependência química, causando inúmeros males aos usuários e suas famílias, bem como a toda a sociedade. Não parece ser razoável, portanto, que a descriminalização do porte para consumo seja a melhor maneira de desestimular o seu uso. 2) Legalizar não quebra a relação traficante-usuário Mesmo em países onde o uso de drogas é permitido, como a Holanda e o Uruguai, diariamente são descobertos plantios clandestinos de cannabis, por exemplo. 3) Legalizar não significa mais dinheiro nos cofres públicos O contrabando de produtos legalizados, a título ilustrativo, é uma realidade no país. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul pontua, ainda, que “Os impostos advindos da produção e venda da maconha estatal não serão suficientes para pagar o custo do tratamento de um dependente químico e o custo da desorganização de sua família”. 4) O Estado deve coibir condutas prejudiciais à sociedade 5) Proibir o uso de drogas não faz aumentar o consumo A Associação Brasileira de Psiquiatria já registrou, em nota, que a “legalização levaria justamente ao aumento do consumo, inclusive por adolescentes”. O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande Sul também já se manifestou no sentido de que: “A área de saúde no Brasil não está organizada de modo a comportar um possível aumento do número de dependentes químicos” e a Diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, Nora D. Volkow, no artigo “Efeitos Adversos à Saúde pelo Uso da Maconha”, alerta que “Os efeitos da droga legal ou ilegal sobre a saúde do indivíduo são determinados não apenas por suas propriedades farmacológicas, mas também por sua disponibilidade e aceitação social”. A esse respeito, drogas legais (álcool e tabaco) oferecem uma perspectiva preocupante, representando o maior número de doenças associadas às drogas, não porque são mais perigosas que as drogas ilegais, mas porque seu estatuto jurídico permite uma exposição mais ampla. 6) Legalizar não reduz a criminalidade A ABP também já afirmou em nota que “a legalização da maconha não é o caminho para diminuir a violência. As leis e as proibições não eliminam totalmente os crimes, mas diminuem a sua incidência e o número de vítimas”. 7) Criminalizar o porte para uso significa proteger a saúde e segurança públicas As leis e as proibições não eliminam totalmente os crimes, mas diminuem a sua incidência e o número de vítimas. 8) Criminalizar não gera estigmatizarão O usuário e o dependente precisam ser reinseridos. Mas isso não se deve à criminalização, e sim ao fato de suas condutas não serem aceitas pela maioria da população. Em outras palavras, a finalidade da política de drogas é reinserir o usuário e o dependente, que já estão afastados do seio social, e não se tornam afastados por praticarem uma conduta tipificada como crime. É necessário estabelecer uma política de ressocialização, que abarque todos os estigmatizados sociais, o que inclui os que vivem em situação de rua e os egressos do sistema prisional, as pessoas com deficiência e em certa medida os fumantes, tendo em vista que é cada vez mais comum a pressão dos grupos contrária ao tabagismo. É preciso, ainda, estimular a constituição de equipes multidisciplinares, ambientes nos quais há a possibilidade efetiva do usuário participar das audiências de advertência sobre os malefícios das drogas, expondo seus problemas e angústias, enfim, refletindo sobre a sua relação com o uso das drogas. Ou seja, basta vontade política para que o problema seja minimizado e isso não passa pela descriminalização. 9) Holanda e Uruguai adotaram medidas repressivas após a legalização As experiências holandesa e uruguaia não deveriam ser copiadas pelo Brasil. Nossa nação possui mais de 8,5 milhões de km2 de área, enquanto o Uruguai tem pouco mais de 176 mil km2 e a Holanda não chega a 42 mil km2. Some-se a isso a questão populacional: somos 66 vezes mais populosos que o Uruguai e 12 vezes mais que a Holanda. O Brasil é um país continental: excetuando Chile e Equador, todas as nações da América do Sul fazem fronteira conosco. Isso significa que estamos lado a lado 5 com a Colômbia, a Bolívia, o Peru e a Venezuela, que, de acordo com o Relatório Monitoramento de Territórios Afetados por Cultivos Ilícitos produzido pela ONU em 2015 são 4 dos maiores produtores de drogas do mundo. Tanto a Holanda quanto o Uruguai passam por experiências extremamente negativas após a legalização. Na Holanda desde 2012 os Coffee Shops que podem vender até 5 gr. de maconha por usuário passaram a ser mais fiscalizados, tiveram horários de funcionamento restringidos e foram impedidos de estar a menos de 250 metros de escolas. Outro exemplo mais próximo de nós no espaço e no tempo é a legalização no Uruguai, que aconteceu em 2013. Segundo o Jornal El Observador, pouco depois da legalização foi realizada uma pesquisa na capital do país com consumidores frequentes. Em resposta à pergunta sobre quais atividades realizaram sob os efeitos da maconha, 99% dos entrevistados disseram ter ido caminhar em espaços públicos, 54% usaram bicicleta, 21% se deslocaram de automóvel e 55% foram trabalhar. Diante disso, em 02 de maio de 2016, o Poder Executivo aprovou o Decreto 128/116, que proibiu o consumo e a posse de maconha durante a jornada de trabalho. Esse mesmo jornal Uruguaio em recentes reportagens sobre a situação local publicou que “O toxicologista Antonio Pasacale confirmou que nos últimos anos houve várias mortes por conta do uso de drogas sintéticas. Cada vez mais policiais e bombeiros militares são flagrados em exames que indicam consumo de cocaína e maconha; em novembro de 2016 se estimou que apenas 1⁄4 dos consumidores habituais de maconha conseguiram adquiri-la através dos três mecanismos previstos na lei, quais sejam: venda em farmácias, clubes canábicos e autocultivo”. 6 5) Como atrair uma pessoa para a Rede de Atenção Psicossocial – RAPs quando ela se recusa a frequentar os serviços? A Entrevista Motivacional (EM) é uma técnica de entrevista baseada na terapia centrada no cliente e desenvolvida originalmente para o tratamento psicoterapêutico de dependência de drogas e álcool. Seu objetivo é desenvolver motivação intrínseca para o tratamento, ou seja, uma mudança de comportamento por parte do dependente para buscar e/ou aceitar ajuda, mediante uma abordagem indagativa que permita superar ambivalências. A EM mudou a perspectiva de que só é possível ajudar quem quer. Fonte(s) da Resposta: https://pt.wikipedia.org/wiki/Entrevista_motivacional Livro: “Drogas.sem - Aprenda a Ajudar Pessoas a se Livrar das Dificuldades com Álcool e Drogas” (Gigliotti et al., 2007). 6) Quais são os serviços oferecidos no tratamento do uso abusivo e da dependência de drogas? Usualmente, as pessoas que procuram o serviços de apoio à superação da dependência química, são encaminhadas à rede via relacionamentos pessoais ou institucionais a que estão vinculadas. Contudo, é importante destacar o papel do “Consultório de Rua”, serviço que pretende fazer interlocução com os dependentes químicos em situação de rua, ou que por ali estejam transitando. Do ponto de vista das instituições que integram a rede, o primeiro passo para o estabelecimento de um plano terapêutico ao dependente químico, pautado na definição dos encaminhamentos que serão feitos e serviços que comporão o seu 7 tratamento, é a realização, por um profissional especialista no tema, de uma avaliação ou entrevista inicial que leve em conta as particularidades de cada caso. A partir deste momento inicial, tornam-se possíveis encaminhamentos: Tratamento ambulatorial (que pode se dar por intermédio de acompanhamento individual, terapia de grupo, e/ou acompanhamento terapêutico); Internação (que pode se dar em hospital geral, na própria casa do usuário - internação domiciliar -, em hospital psiquiátrico, ou em clínicas especializadas). Outros serviços importantes neste setor, disponíveis na coletividade, são os Grupos de Mútua Ajuda (AA, NA, Amor Exigente, etc) e os acompanhamentos realizados pelas Comunidades Terapêuticas (CTs), ambos pautados na premissa da motivação para a mudança, independente da motivação para o tratamento. Fonte da resposta: Livro: “Drogas.sem - Aprenda a Ajudar Pessoas a se Livrar das Dificuldades com Álcool e Drogas” (Gigliotti et al., 2007). 7) Como fomentar o lazer sem drogas? Use estratégias criativas, principalmente dando voz, no âmbito escolar, aos alunos que vêem os possíveis benefícios que as drogas podem trazer e preferem escolher outras formas de alcançar esses benefícios (descontração, relaxamento, sentir-se parte da “turma”, ter coragem de paquerar). Procure adaptar o seu trabalho a seu público-alvo: se você é educador na área de esportes, por exemplo, seu trabalho de prevenção vai render mais entre jovens que adoram esportes (e que, em geral, não são muito atraídos por matérias que requerem leitura e estudo). Assim, procure adaptar sua mensagem a seu público, e evite recomendar livros para discussão, ou aulas teóricas sobre o assunto. 8 Para se contrapor a uma cultura grupal de esculpir o corpo com remédios e beber até cair depois do jogo é preciso atuar no próprio palco onde essa sub-cultura é construída - nas quadras, nos treinos. É necessário escolher adultos apropriados para trabalhar com esses jovens. Para estudantes atletas, que, muitas vezes, pouco valorizam o currículo formal, pedir para o professor de Ciências trabalhar o problema na sua disciplina seria possivelmente inócuo (senão contraproducente). Fonte(s) da resposta (p. 36-37): http://www2.lencoispaulista.sp.gov.br/forum/files/pdf/drogas-cartilha-para-educadore s.pdf 8) Como lidar emocionalmente com a frustração e a ansiedade? A ansiedade e a frustração são naturais, ou seja, são respostas orgânicas que possuem repertório fisiológico e neurofisiológico para a sua manifestação, tendo inclusive um caráter protetivo para a vida, pois compõem o sistema de alerta, assim como o é a febre alta. O problema surge quando a ansiedade se torna recorrente, ampliando sua manifestação enquanto tensão na vida; situação que pode denotar tanto dificuldade em lidar com limites, quanto dar indícios de que a pessoa esteja exposta a situações de assédio moral num ambiente que deveria ser protetivo. Fundamental é ter flexibilidade e observar as circunstâncias que geram este tipo de mal-estar fisiológico buscando diversificar a interpretação e o sentido dos mesmos no cotidiano. Cria-se, assim, novos cenários, que permitirão janelas para abordar a vida e ampliar a consciência sobre tais circunstâncias. 9 Quando tal tensão ganha proporções a ponto de impactar o corpo biológico na manifestação de sintomas psicossomáticos, é importante procurar ajuda especializada na área de saúde, inclusive na esfera mental. 9) Como fazer prevenção nas escolas? Vários trabalhos científicos mostram que ajudar os jovens a lidar com questões de timidez, sensibilidade extrema, frustração, dificuldade de se colocar diante de um grupo, dentro do currículo escolar, resulta numa diminuição do uso de drogas entre estudantes, que perdura por, pelo menos, seis anos após o desenvolvimento das atividades. O projeto mais exemplar nesse campo é o Life Skills Training (LST), (Treinamento das Habilidades de Vida) concebido na Cornell University por Gilbert Botvin e colegas. Esse programa convida estudantes e professores a discutir os desafios afetivos e emocionais dentro da sala de aula e a tentar criar e exercitar formas de lidar com eles. Propõe três eixos de atividades, cada um focado no desenvolvimento de habilidades sociais distintas: a) Autogerenciamento - ajuda estudantes a analisar sua auto-imagem e os efeitos dela no seu comportamento, determinar objetivos pessoais de vida, monitorar progressos nesse sentido, identificar comportamentos e decisões cotidianas que foram influenciadas por outras pessoas, analisar essas situações e aprender a avaliar as consequências de determinados comportamentos antes de adotá-los; b) Habilidades sociais gerais - ajuda os estudantes a superar a timidez e a dificuldade de se comunicar, a obter firmeza na comunicação verbal e não verbal, tanto na recusa como na aceitação de convites, assim como trabalhar com o 10 reconhecimento de alternativas viáveis à passividade ou agressividade diante de situações difíceis; c) Habilidade de resistir a drogas - ajuda os jovens a reconhecer os mitos e concepções equivocadas, disseminadas socialmente, em relação ao cigarro, álcool, medicamentos e drogas ilícitas, assim como lidar com a pressão dos meios de comunicação de massa e dos amigos para usá-los. Fonte da resposta (p. 35-36): http://www2.lencoispaulista.sp.gov.br/forum/files/pdf/drogas-cartilha-para-educadore s.pdf 10) O que fazer e o que não fazer em uma roda de conversa? Esta cartilha não vai fornecer uma fórmula secreta de como trabalhar em sala de aula, até porque... essa fórmula não existe. Mas as experiências mostram que alguns princípios e abordagens surtem mais efeito do que outros: a) Apresente informações fundamentadas sobre drogas de maneira isenta e honesta; sem usar exagero ou estratégias de amedrontamento. Os diferentes setores da escola devem ter coerência na forma de abordar as questões; b) Inclua informação realista sobre os riscos de se usar drogas, mas mencione também os benefícios de não usá-las; c) Caso vá explorar os vários motivos pelos quais as pessoas usam drogas, discuta também alternativas, outras atividades que as pessoas poderiam ter escolhido ao invés de usar drogas; d) Não faça sermão, tente envolver seus alunos ao máximo, usando as opiniões e visões que eles oferecem; e) Não exagere os dados de consumo de drogas na nossa sociedade. A maioria dos nossos jovens é saudável e prefere se abster. Exagero só faz com que os jovens desenvolvam uma visão deformada da realidade, pensando que se eles e seus amigos não usam drogas, é porque estão “por fora”; afinal os jornais, seus pais e professores garantem que o consumo de drogas está cada vez mais disseminado; f) Não generalize as informações como se todas as drogas fossem iguais, fazendo afirmações do tipo “não use drogas” ou “os problemas que as drogas causam”. É importante saber que, embora seja desejável que os adolescentes retardem o início do consumo, existem usos de algumas drogas ou medicamentos que não trazem prejuízos. Os efeitos são diferentes, o que torna necessário que as informações sejam dadas nomeando as drogas sobre as quais estamos falando; Fonte da resposta (p. 31-32): http://www2.lencoispaulista.sp.gov.br/forum/files/pdf/drogas-cartilha-para-edu cadores.pdf 11) Como lidar com os usuários abusivos e dependentes de drogas? a) Amizade é fundamental: seja o melhor amigo que você puder ser. Algumas amizades são breves e outras duram uma vida toda. Ajudar um amigo a vencer uma luta como a dependência química é uma maneira de fortalecer uma amizade. Com a evolução do relacionamento, você tende a se preocupar mais com a pessoa. Durante uma crise, você naturalmente quer ajudá-la. Esteja presente quando ela precisar de você e ouça o que ela tem a dizer. Existem razões para que ela abuse das drogas. Escutá-las pode permitir que ela expresse pensamentos e 12 sentimentos que podem ajudá-lo a entender a causa do vício. Seja respeitoso, leal e confiável. b) Utilize comunicação não-violenta: expressar seus sentimentos é uma coisa corajosa de se fazer, mas que pode ser arriscado também. Você pode reconhecer isso dizendo: “Eu sei que isso pode ser difícil para você e estou honrado por você compartilhar essas informações comigo. Eu o respeito por fazê-lo e estou aqui se quiser conversar”. Ajudar uma pessoa com dependência química pode demorar e ser a coisa mais difícil que você fará em sua vida, mas será a mais gratificante. c) Mostre empatia: ser ouvido e compreendido são componentes essenciais para o crescimento pessoal. A experiência emocional de lidar com uma dependência química vai estimular uma pessoa a crescer, o que pode ser doloroso. Você pode ajudar a aliviar a dor dela escutando-a ativamente. Coloque-se no lugar da pessoa. Aprenda a ser compassivo e compreensivo em vez de julgá-la. Pode ser difícil de entender, mas você pode sempre tentar. Trate a pessoa como você gostaria de ser tratado. Você provavelmente já experimentou lutas em sua vida e sabe o que foi útil e o que não foi. d) Comunique sua preocupação acerca da situação: é difícil ver alguém sofrer ou fazer más decisões que impactam negativamente sua vida. Em algum momento, você terá que dizer à pessoa que está preocupado com o bem-estar dela. Ela pode ou não querer ouvir o que você tem a dizer. Isso é bom, pois você estará sendo você mesmo e demonstrando que se importa. e) Peça permissão para se envolver: se uma pessoa estiver no auge do vício, ela pode não perceber que precisa de ajuda, mas pode estar aberta a isso. Você pode dizer coisas como: “Parece que você está tendo problemas com as drogas. Eu estou aqui com você se quiser ajuda. Tudo bem para você?”. Não tenha 13 medo de fazer as perguntas difíceis. Confrontar assuntos difíceis que possam pôr em risco um relacionamento é um desafio. Você vai precisar fazer perguntas diretas e honestas como “Você acha que está dependente desta droga?” e “Eu sei que pode ser difícil falar sobre isso, mas você está disposto a acabar com sua saúde e seus relacionamentos por causa de um problema assim?”. Fontes da resposta: https://www.clinicasmaster.com.br/como-ajudar-um-dependente-quimico/ https://www.psicologiasdobrasil.com.br/18-passos-para-ajudar-um-dependent e-quimico/ 12) Por que álcool é lícito e outras drogas não? O álcool é uma droga lícita, mas não pelo fato de ser menos prejudicial à saúde se comparado a outras drogas. Pelo contrário, também causa dependência aos usuários, sendo inclusive pontuado que a incidência de problemas de saúde decorrentes do uso indiscriminado das drogas ilícitas é superior às drogas ilícitas. Tal como o cigarro, o álcool é legalizado, produzido e comercializado na sociedade por ser socialmente aceito. Cumpre frisar que o critério de legalidade ou não de uma droga é historicamente variável, geralmente dependente dos interesses políticos e socioeconômicos vigentes. Droga é droga. Não é porque ela é lícita que causa menos dano à saúde ou deve ser vista de forma diferente. O cigarro e a cerveja apenas são lícitos porque o Congresso Nacional assim decidiu com a pressão da indústria do tabaco e da cerveja. O Brasil, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), é o terceiro produtor mundial de cerveja, perdendo apenas para China e EUA. Só no Brasil a 14 Indústria cervejeira tem faturamento superior a R$ 70 bilhões ao ano e representa 1,6% do PIB. Só a AMBEV registrou lucro de mais de R$ 12 bilhões de reais apenas em 2019. Por isso que, absurdamente, a Lei que restringe a propaganda de cigarro e outras bebidas alcoólicas não atinge a cerveja. Lembrando que estamos falando apenas de cerveja e não de toda a indústria do álcool e tabaco. O SEMEAR inclui o álcool e tabaco como droga, bem como os anabolizantes, remédios para emagrecer e para dormir. O motivo que leva as pessoas a usarem drogas são basicamente os mesmos: esquecer problemas e frustrações através de uma distração; escapar da timidez e insegurança para conseguir amizades e paqueras; necessidade de experimentar novas emoções e sensações imediatas sem pensar nas consequências futuras; falta de perspectiva ou planos; influência social ou familiar, mal exemplo da mídia, entre outros. Numa sociedade hedonista e imediatista é natural que as pessoas busquem um prazer instantâneo sem pensar nas consequências futuras. Depois arranjam os gatilhos mais diversos como precisar da droga para relaxar, para acordar, para trabalhar, para dormir, para emagrecer, para comer, etc. a droga trabalha no cérebro de um jeito que nem o indivíduo se dá mais conta de que ela influencia no seu julgamento. Por isso, a dependência é considerada uma doença pela OMS, CID 10 F19. Os malefícios causados pelo álcool e tabaco muitas vezes chegam a ser mais graves que de outras drogas ilícitas, por isso, têm tratamento igual no projeto SEMEAR. Fontes: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/drogas/drogas-licitas-ilicitas.htm https://www.todamateria.com.br/droga-licita/ 15 http://www.actbr.org.br/post/alcool-e-tabaco-sao-mais-danosos-do-que-qualquer-outr a-droga/17330/ 13) A maconha causa menos mal do que o álcool? Os estudos sobre a maconha e seus possíveis danos no organismo são mais recentes se relacionados ao álcool. Por conta disso, os efeitos do uso contínuo da maconha ainda não são tão conhecidos. Alguns estudos, no entanto, têm apontado que o álcool é pior do que a maconha para o cérebro, sendo a maconha quase 144 vezes menos mortal do que o álcool. Ainda assim, a maconha também causa malefícios à saúde: ela produz prejuízos cognitivos, alterando a capacidade racional e o equilíbrio físico de uma pessoa. O uso também pode dificultar a reprodução, causar problemas psiquiátricos em quem é predisposto, inclusive antecipando o surgimento de condições psiquiátricas em pessoas jovens. Fontes: https://m.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/41858-o-que-faz-mais -mal-a-saude-maconha-ou-alcool-.htm https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/alcool-e-pior-do-que-maconha-para-o-cer ebro-diz-estudo/ https://exame.abril.com.br/tecnologia/maconha-e-144-vezes-mais-segura-que-o-alco ol-diz-estudo/ 16 14) Existe dose segura para as drogas? É possível identificar duas principais formas de consumo de drogas: a) o uso recreativo, definido pela utilização esporádica e associada a situações de lazer e entretenimento; b) a dependência química, caracterizada não só pelo abuso da substância, mas pelo fato dela ser utilizada em praticamente qualquer situação, como hábito e necessidade. É sabido que, em geral, o sujeito começa com o uso recreativo e progride até o vício, fato esse que se encontra diretamente relacionado com a figura da tolerância às drogas. O organismo se acostuma e fica tolerante à droga, que passa a fazer cada vez menos efeito, de modo que o sujeito passa a aumentar as doses de maneira considerável para obter os efeitos desejados. Por esses motivos, é muito difícil quantificar com precisão uma dose que seria considerada segura para o uso de drogas, especialmente se considerada a alta variedade existente no mercado. Alguns estudos têm se limitado a medir a diferença entre uma dose efetiva e uma dose letal. Fonte: https://hypescience.com/drogas-menos-perigosas-alcool/ https://blog.viversemdroga.com.br/uso-recreativo-de-drogas-limite-entre-uso-s ocial-e-dependencia/ https://www.antidrogas.com.br/2008/03/28/o-que-e-tolerancia-a-drogas/ 15) Existe interferência do estado emocional? Pode-se controlar mais ou menos? Existem pessoas que controlam mais e outras menos? As drogas se encontram diretamente relacionadas com a interferência no estado emocional, tendo em vista que são utilizadas, na maioria das vezes, com 17 esse intuito. No entanto, esse efeito acaba por destituir o indivíduo da posição de “ator” no cenário emocional, sendo consideravelmente mais devastador se ocorre no período de desenvolvimento (em que o sujeito amadurece e constrói estruturas e recursos para o manejo emocional). Afinal, é criada uma rotina de uso de entorpecentes para o manejo de conflitos, fator esse que interrompe o processo emocional que possibilitaria o encaminhamento do sujeito para a superação destes. Além de o vício em entorpecentes gerar prejuízos à saúde emocional, a própria síndrome de abstinência, caracterizada pela suspensão do uso abusivo, pode desencadear sintomas emocionais negativos, dentre eles a depressão, a ansiedade e outros transtornos de humor. Fontes: http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia-old.php?c=180607&e=7 www.crianca.mppr.mp.br/pagina-457.html https://hospitalsantamonica.com.br/consequencias-das-drogas-entenda-o-real-perig o-do-uso-de-drogas/ 16) Existem pessoas que têm mais propensão para o vício? Os estudos desenvolvidos a respeito da propensão para o vício têm alavancado diversas hipóteses nesse sentido. Por exemplo, a partir da análise dos cérebros de viciados em crack ou cocaína com o cérebro de seu irmão ou irmão, que nunca utilizaram drogas, observou-se que ambos possuíam as mesmas anomalias na região que controla o comportamento, o que pode decorrer do fato de terem crescido na mesma casa ao invés de uma propensão genética. Outros pesquisadores concluíram que o abuso de drogas resulta de uma complexa 18 interação de fatores genéticos, psicossociais e culturais. Em que pese os estudos apontem, em geral, a possível predisposição hereditária à dependência química, é preciso não perder de vista outros elementos que também influenciam no quesito dependência química, tal como o histórico familiar, a exposição em idade precoce e a estrutura familiar. Fontes: https://hypescience.com/certos-cerebros-podem-ser-propensos-ao-vicio/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000600010 https://blog.viversemdroga.com.br/mito-ou-verdade-afinal-dependencia-quimica-e-he reditaria/ 17) Quanto às drogas ilícitas, quais representam o maior desafio para as autoridades hoje? No âmbito epidemiológico, o estudo brasileiro mais recente sobre o consumo de drogas (3o Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, produzido pela Fiocruz e divulgado em 2019) evidencia que entre as substâncias ilícitas a mais consumida aqui é a maconha. 2,5% dos brasileiros fizeram uso da droga no período, o que corresponde a 3,8 milhões pessoas. Todas as outras drogas ilegais têm taxas de consumo abaixo de 1%, sendo a cocaína a segunda droga ilícita mais usada (0,9% dos brasileiros a consumiram nos últimos 12 meses, o que, em números absolutos, corresponde a 1,3 milhão pessoas). 19 O uso de crack no último ano foi citado por 0,3% dos entrevistados e os que reportaram o uso nos últimos 30 dias foram 0.1% da população, ou 172 mil pessoas. Ecstasy, heroína e solventes foram usados por menos de 0,2% dos entrevistados nos últimos 12 meses. Esses dados, contudo, segundo os próprios pesquisadores, podem estar subestimados, uma vez que a metodologia adotada foi a de pesquisa domiciliar, deixando de captar usuários que estivessem na rua ou em presídios. Além disso, há estudos publicados que indicam o crescimento constante e persistente do mercado mundial de drogas ilícitas, que atinge a cifra astronômica de quase 900 bilhões de dólares ao ano, desafiando a compreensão de pesquisadores, governantes, formuladores de políticas sociais e demais autoridades responsáveis pelos órgãos de vigilância e repressão e da sociedade como um todo. Trata-se de um panorama agravado pela indústria e comércio de medicamentos e substâncias como o álcool e o tabaco, que são as drogas mais consumidas no Brasil e, embora legalizadas, são fonte de grandes prejuízos para a saúde e para a vida social. A realidade sobre o consumo de drogas enquanto fenômeno global não está restrita a classe social, gênero ou etnia. Durante a primeira década do milênio, o narcotráfico faturou, em média, 900 bilhões de dólares ao ano, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). A cifra é equivalente a 35% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ou a 1,5% de toda a riqueza produzida no globo. Trata-se de um mercado extremamente dinâmico, sempre alimentado por “novidades” (como as metanfetaminas e as sintéticas, em geral) ou por ondas renovadas de consumo de drogas antigas . O cenário é ainda mais grave quando se considera que o narcotráfico impulsiona e alimenta 40% das demais frentes de negócios mantidas pelo crime 20 organizado, segundo a Unodc, com base em dados do final da década passada. As atividades, que incluem tráfico de armas, de pessoas e lavagem de dinheiro, entre outros, giraram 2,1 trilhões de dólares, ou seja, 3,6% do PIB global. Mas não é só. O narcotráfico ainda estabelece uma relação “cooperativa” com o mercado de drogas permitidas e socialmente aceitas, como o álcool e o tabaco, para gerar um quadro catastrófico para a saúde pública. O Global Drugs Survey (GDS) desponta como uma ferramenta importante para compreensão do problema. Coordenado no Brasil por Clarice Sandi Madruga, psicóloga e professora afiliada da disciplina de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, a coleta on-line feita pela pesquisa contou, em 2015, com a participação de 107.624 pessoas. O relatório final revela dados surpreendentes, que envolvem consumo de álcool, versões alteradas de ecstasy, baixo preço da cocaína e, principalmente, o uso da maconha sintética no Brasil. O estudo detectou pela primeira vez o uso de maconha sintética no país, que, conforme já mencionado, é a substância ilícita mais consumida aqui. A droga nada tem a ver com a versão natural. “O spice (nome comercial) é uma versão da molécula do THC sintetizada em laboratório. Por se ligar a receptores cerebrais de forma diferente que a molécula original, aumenta em até 60 vezes as chances do indivíduo desenvolver dependência química e em 30 as de ter uma emergência médica após o uso”, segundo a pesquisadora Clarice Madruga. Das 434 entradas de emergência em hospitais detectadas pelo estudo, 50,9% ocorreram pelo seu uso. É vendido em forma de óleo para cigarros eletrônicos ou como fertilizante da planta Cannabis. Já o preço da cocaína brasileira é o mais baixo do mundo: em torno de R$ 50,00 o grama. O equivalente em crack também é barato – em torno de R$ 25,00, 21 segundo órgãos brasileiros de entorpecentes. O “pó” também foi identificado como o mais potente, uma vez que o país apresentou os maiores índices de procura de serviços de emergência após o uso. SOBRE A MACONHA 1) Qual o efeito da maconha a curto e largo prazo? Diversos são os estudos sobre os efeitos decorrentes do uso de maconha a curto e longo prazo. Pode-se, no entanto, mencionar aqueles que mais comumente aparecem nas pesquisas, a saber: Efeitos a curto prazo do uso da maconha: sensação de bem-estar e relaxamento (não aparece para todos os usuários), prejuízos na memória e atenção, delírios, alucinações, tempo de reação elevado, aceleração dos batimentos cardíacos, hiperemia conjuntival (olhos avermelhados), diminuição na produção de saliva; Efeitos a longo prazo do uso da maconha: perda de memória, prejuízo na capacidade de aprendizagem (que pode se tornar irreversível), diminuição da motivação, comportamento violento, dependência, doenças pulmonares e/ou cardíacas, aumento do risco para desenvolvimento ou agravamento de transtornos mentais e psiquiátricos, disfunções sexuais relacionadas com a diminuição na produção de testosterona em até 50-60%. 22 Tais efeitos tornam-se ainda mais acentuados se a maconha for consumida simultaneamente a outras substâncias psicoativas. De acordo com matéria publicada no website da clínica de reabilitação Cleuza Canan, por exemplo, a mistura das drogas maconha, cocaína e crack aumenta de forma substancial os riscos para a saúde, uma vez que intensifica a aceleração dos batimentos cardíacos e o aumento da pressão arterial, tornando maior a chance de paradas cardíacas fatais. Ademais, estudiosos afirmam que o consumo de maconha concomitantemente ao álcool aumenta os níveis de THC no sangue, intensificando os efeitos da droga. Enquanto esta prejudica a percepção do usuário, o álcool prejudica a coordenação motora, de modo que o risco de envolvimento em acidentes de grandes proporções fica elevado. Dentre os efeitos psicológicos a curto prazo, pode-se destacar: ● Problemas de memória a curto prazo; ● Ansiedade severa, incluindo o medo de que se está sendo observado ou seguido (paranoia); ● Comportamento muito estranho, ver e ouvir ou sentir o cheiro de coisas que não estão lá, não ser capaz de distinguir a imaginação da realidade (psicose); ● Pânico; ● Alucinações; ● Perda do sentido de identidade pessoal; ● Tempo de reação elevado; ● Problemas com a coordenação (prejudicando a condução segura ou a prática de esportes). 23 Dentre os efeitos psicológicos a longo prazo, pode-se destacar: ● Declínio do QI (em até 8 pontos se o uso prolongado começou na idade da adolescência); ● Desempenho escolar precário e maior probabilidade de abandonar os estudos; ● Capacidade para pensar, aprender e executar tarefas complexas prejudicada; Baixa satisfação na vida; ● Dependência química (cerca de 9% dos adultos e 17% das pessoas que começaram a fumar quando adolescentes); ● Pode induzir um estado de diminuição da motivação, que pode chegar à síndrome amotivacional, ou seja, a pessoa não sente vontade de fazer mais nada, tudo parece ficar sem graça, perder a importância; ● Problemas de relacionamento, violência do parceiro sexual;
1) Por quê as pessoas usam drogas? content media
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16 de fev. de 2022
In Discussões gerais
O fato que não podemos deixar de salientar nesse momento é que a cocaína é uma das drogas que mais vítimas já fez em todo o mundo. COCAÍNA A Cocaína é uma droga na forma de pó, extraída das folhas de coca. Foi originalmente desenvolvida para ser um analgésico, mas logo se tornou uma das drogas mais perigosas já conhecidas pelo homem. A Cocaína, também é conhecida popularmente como, "Farinha", "Branquinha", "Pó", "Coca", "Brilho", "Poeira", "Talquinho", "Júlia" e "Basuko". Com alto poder de dependência, logo nos primeiros contatos com a Cocaína, o vício já está instaurado e é quase impossível se livrar dela física e mentalmente. Fisicamente, a Cocaína estimula os receptores-chave (terminações nervosas que sentem as alterações no corpo) do cérebro que, por sua vez, cria uma euforia à qual os usuários rapidamente desenvolvem tolerância. Apenas o uso de doses mais elevadas e mais frequentes podem causar o mesmo efeito e quanto mais se busca esta euforia, mas dependente em cocaína a pessoa se torna. Os usuários, dependentes de Cocaína, são de todas as idades, ocupações e níveis econômicos, está presente em toda parte da sociedade. O uso da cocaína pode levar à morte por insuficiência respiratória, hemorragia cerebral (sangramento no cérebro) ou ataque cardíaco e apesar dos perigos, o uso da cocaína continua a aumentar, resultando em milhares de dependentes por ano. COCAÍNA NO BRASIL No Brasil a realidade que vivemos é extremamente alarmante. De acordo com a ONU, somos um dos países com maior índice de pessoas viciadas em cocaína. E isso é extremamente negativo porque na verdade a cocaína é a porta para os demais vícios. As pessoas costumam “se iniciar” nas drogas através dela e quando seu organismo já não se satisfaz mais, busca algo mais forte, que lhe dê sensação de prazer e bem-estar. SINTOMAS DE UM USUÁRIO DE COCAÍNA Assim como todo entorpecente, ela causa graves problemas em questões de relacionamentos humanos e pessoais, torna as pessoas mais dispersas e atrapalha no desenvolvimento motor e cognitivo. Mas há diversas outras ações dela sobre o organismo humano. Entre elas, gostaria de citar: perda de apetite, aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão sanguínea, aumento da temperatura corporal, contração dos vasos sanguíneos periféricos, aumento da velocidade respiratória, dilatação das pupilas, alucinações, comportamento violento, euforia, ansiedade, paranoia, pânico e psicose. Alguns destes sintomas colocam a pessoa como se estivesse em surto psicótico, o que pode ser extremamente perigoso para ela e para todos os que estiverem ao seu redor. COMO É O TRATAMENTO PARA DEPENDENTES DE COCAÍNA Mesmo sendo uma droga devastadora e que causa sensação extrema de mal estar após efeito, as pessoas se viciam com grande facilidade e o tratamento normalmente é feito através de internação, mesmo porque geralmente ela é associada ao uso de outros entorpecentes, o que a torna ainda mais perigosa. Portanto, o tratamento para dependentes de cocaína se baseia na necessidade de se libertar dessa droga e também de outras mais que possam estar sendo utilizadas. Nossa clínica traz essa modalidade de tratamento e oferece suporte pleno à pessoa que necessita de acompanhamento para se libertar do vício da cocaína e de drogas afins. INTERNAÇÃO PARA DEPENDENTES DE COCAÍNA A internação deve acontecer em unidades de tratamento apropriadas, onde seja possível oferecer uma verdadeira reabilitação aos dependentes. É o que temos à disposição das pessoas que de alguma maneira possam vir a necessitar de acompanhamento. E não é somente um processo de internação. Trata-se de um processo que envolve a necessidade de acompanhamento humano, médico, psicológico e espiritual. E é o que dispomos para todos os que de alguma maneira necessitam de nós! LOCAL PARA TRATAMENTO DE DEPENDENTES DE COCAÍNA Para chegar ao patamar de oferecer o melhor tratamento, contamos com uma infraestrutura minuciosamente elaborada para atender e recuperar o dependente químico. Temos uma equipe capacitada para aplicar o que de melhor possa ser feito para que os resultados sejam os melhores possíveis. Nossos tratamentos para dependentes em cocaína são ministrados no Grupo Jovens Livres, que possui as condições apropriadas e adequadas para a recuperação e reabilitação integral do dependente. Além de um espaço exclusivo, os métodos de tratamentos são elaborados especialmente para resolver com eficácia todas as particularidades que envolvem os pacientes, tendo como foco a raiz do problema, não tratando de forma superficial o uso das drogas ou álcool. Será sempre uma grande alegria poder ajudar nos momentos de maior dificuldade!
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16 de fev. de 2022
In Discussões gerais
Tendo como principal propósito de nosso trabalho o desenvolvimento de técnicas e metodologias eficazes para atender a necessidade de cada caso, apresentamos este modelo de Tratamento para Dependência Química e Alcoolismo que pode ser aplicado em pacientes que apresentem condição para tal, após a AVALIAÇÃO CLÍNICA. Durante anos acompanhamos a evolução dos tratamentos com Ibogaína e após termos a segurança de sua eficácia, através do estudo e de pesquisas, a partir de agora somos uma equipe pronta para oferecer o que há de melhor para você e sua família. Desenvolvemos com certeza uma forma de atender suas necessidades e oferecer um tratamento de qualidade. Por que se Tratar com a Ibogaína? Muito tem se falado a respeito da Ibogaína aqui no Brasil nos últimos anos, e isso ocorre pelos resultados positivos que este tratamento tem apresentado às pessoas que optam em tomar Ibogaína e hoje temos a segurança oferecida pelas pesquisas recentemente realizadas por Instituições como a UNIFESP e seus cientistas que trabalham para provar a eficácia deste tratamento. A taxa média de eficácia da Ibogaína para tratamento de dependêntes de químicos e alcoólatras é de até 96%, que é altíssima, principalmente se lembrarmos de que, além de ser uma doença gravíssima, as taxas de sucesso dos tratamentos tradicionais são menores. O mais impressionante da Ibogaína é justamente o efeito reparador nas pessoas, que além de terem suas funções cerebrais ajustadas, voltam a ser pessoas dispostas e motivadas para refazer seus convívios sociais deteriorados pelo uso de drogas e álcool. Nós do Hospital Terapêutico estamos acompanhando na prática os resultados do tratamento com Ibogaína, estamos perplexos com os excelentes resultados obtidos e indicamos o Tratamento com Ibogaína à todos que nos buscam. Modelo de Tratamento Este novo modelo de tratamento nasceu da necessidade de uma nova demanda e através de uma conscientização mais profunda e adaptada nas realidades hoje vivida pela sociedade no que diz respeito a maior mazela social da atualidade, desenvolvemos o melhor tratamento em todos os sentidos. Nosso trabalho é o resultado de estudos, pesquisas e muitas experiências na área, onde acreditamos que a prevenção é a melhor forma de tratamento para este mal. Tendo como base a seriedade, clareza e poder de decisão, acreditamos abordar de uma forma prática e eficaz este mal, sem promessas ilusórias, apenas uma maneira simples de usar o que há de mais atual no tratamento da dependência química a favor de uma nova maneira de viver, acreditando sempre na reabilitação humana. Acreditamos na evolução terapêutica, pois periodicamente a indústria das drogas e do álcool atualiza e inovam seus produtos do mal a todo momento, por esse motivo, nossos processos de recuperação evolui na direção do combate, de forma simples e eficaz.
Conheça o Tratamento Revolucionário com Resultados Comprovados! content media
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16 de fev. de 2022
In Discussões gerais
Nos últimos anos o Brasil e o mundo estão se inserindo numa nova política de acompanhamento às pessoas que se encontram em tratamento contra o uso de drogas: o Tratamento Sem Internação. Essa modalidade de tratamento pressupõe que o dependente seja capaz de começar um tratamento em casa e permanecer nele pelo tempo que for necessário para alcançar a cura dos males. Ele também pressupõe que o dependente tenha consciência de todos os problemas que tem e que aceite a necessidade de mudança de vida. O que é o tratamento sem internação e o que ele representa na vida das pessoas que necessitam de acompanhamento para se livrar das drogas? Compreenda agora! Não confunda com o tratamento sem internação com o tratamento rápido Muita gente confunde o tratamento sem internação com o tratamento rápido contra a dependência química, mas eles não são a mesma coisa. Por um lado, podem até ser vistos como algo muito semelhante, mas existem algumas diferenças entre eles. O tratamento rápido, por exemplo, é feito com internação e de maneira intensiva, já o tratamento sem internação pode demorar pouco ou muito tempo, depende do desempenho do dependente. Um tratamento contra a dependência química sem pressa O tratamento sem internação também possui peculiaridades quanto ao modo de execução. Trata-se de um processo feito sem pressa, com toda a tranquilidade necessária para proporcionar ao dependente um clima favorável para desenvolver suas potencialidades interiores e levá-lo à ação em prol de si mesmo e da sua saúde, que é extremamente importante para que o trabalho renda os frutos possíveis e necessários. Trabalhar com calma é o maior benefício que o tratamento sem internação dá ao dependente, porque dessa forma, ele pode agir dentro do seu tempo e de acordo com o que pode efetivamente fazer em cada etapa do tratamento. As etapas do tratamento sem internação Por falar em etapas, o tratamento sem internação também possui etapas bem definidas para a ação que deve desenvolver em prol do dependente. Essas constam de etapas iniciais, transitórias e finais. Ao chegar ao fim, o dependente deve estar ciente de que seu caminho está apenas começando e que todos os dias ele deve ser capaz de renovar seus compromissos e dizer não ao mal dos entorpecentes. Sem internação, com acompanhamento profissional Como todo tratamento, este também requer acompanhamento profissional e qualificado para obter os resultados desejados. Com consultas semanais, o dependente deve comparecer ao nosso centro de reabilitação para se consultar com nossos médicos e terapeutas, que identificarão o real progresso do tratamento, quais as dificuldades existentes e que ações serão tomadas. Uma vida contra o vício das drogas e álcool O que o dependente aprende quando se submete ao tratamento sem internação? Ele é doutrinado a viver um dia após o outro, sempre dizendo não ao próprio vício. Mas é preciso fazer isso a cada dia, renovando o compromisso quotidianamente e aprendendo a dizer não. Em resumo, seu principal ensinamento é que o seu mal não tem cura, mas tem controle. E a ideia é que ele saiba como ter e manter o controle sobre si mesmo. O papel da família no tratamento sem intermação Qual o papel da família no processo de tratamento sem internação? Nesse caso, a responsabilidade da família é a mesma que tem as que possuem dependentes em internação. Todos devem colaborar, fazer o dependente se sentir acolhido e protegido, ajudá-lo a desenvolver técnicas de controle do vício, etc. Mas há algumas peculiaridades no que tange à família, quando o tratamento não é feito através da internação. Todos em casa devem se unir ao dependente e viver o tratamento em parceria com ele. Se for um alcoólatra, por exemplo, convém que as bebidas alcoólicas em casa sejam terminantemente proibidas para não levá-lo às sucessivas quedas. A família deve ter consciência de que é participante do tratamento e não mera expectadora. Nossa clínica presta relevantes serviços nessa área e trazemos todos os requisitos necessários para que o dependente químico ou alcólatra possa fazer conosco um acompanhamento de curto, médio e longo prazo, alcançando o sucesso em toda a sua busca.
Tratamento Sem Internação content media
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16 de fev. de 2022
In Discussões gerais
Diante de tais situações, muita gente se desespera e não sabe o que fazer. Tem consciência de quem é o vilão da história, mas não sabe como combatê-lo. Pensamos que uma das melhores maneiras de fazê-lo é chegando à compreensão do que é o alcoolismo, como o álcool costuma entrar na vida das pessoas e qual o melhor tratamento para um alcoólatra. ALCOOLISMO O Alcoolismo é uma doença crônica onde uma pessoa possui uma vontade descontrolada, uma obsessão, de consumir bebidas alcoólicas. Esta incapacidade de controlar esta vontade, provoca um consumo repetido de álcool apesar dos problemas de saúde, sociais e familiares serem sabidos pelo usuário, o vício os impede de interromper o consumo. É uma doença mundial, que não escolhe classe social, raça, idade e nem religião. O alcoolismo, também conhecido como "síndrome da dependência do álcool", é uma doença que se desenvolve após o uso repetido de álcool. Um dado importante é que, quanto mais cedo a pessoa começa a consumir bebidas alcoólicas, maiores são as probabilidades de se tornar um alcóolatra, desta forma, cuidar hoje de nossa juventude é prevenir problemas futuros e buscar reduzir os índices de alcoólatras. ALCOOLISMO NO BRASIL O Brasil é um grande consumidor de bebidas alcoólicas. Existem mais de 6 Milhões de alcoólatras no Brasil. De acordo com dados da Organização Pan-Americana de Saúde, somos o quinto país das Américas onde ocorrem mais mortes relacionadas ao consumo de álcool. Trata-se de um dado alarmante, mas que não encerra suas consequências somente nisso. O álcool é também um dos maiores responsáveis pelos casos de agressões entre casais, entre pais e filhos e também de separações, ou seja, o álcool destrói aquilo que de mais sagrado Deus deixou no mundo: a família. Muitos no Brasil acreditam que o Alcoolismo está presente apenas nas classes de menor renda financeira, o que é um equívoco, uma pesquisa realizada pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgado pelo Ministério da Saúde em 2013 o consumo de bebidas alcoólicas é maior entre a população com mais de 12 anos de estudo comparado com os brasileiros com menos de oito anos. Em outra pesquisa, realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no mesmo ano, o levantamento mostrou que, quanto menor a renda, maior o consumo excessivo de álcool. Na classe E, 71% bebem de forma exagerada; na C o índice é de 60%, na B de 56% e na A de 45%, esta pesquisa mostrou que que as classes de menor renda são as mais atingidas pelo Alcoolismo, mas também, que este mal está presente em todas as classes sociais. SINTOMAS DE UM ALCOÓLATRA Quando não estamos acostumados a lidar com alcoólatras, geralmente temos dificuldade para reconhecer os traços, especialmente quando a pessoa está no início do vício. Nesse período, a primeira coisa que você deve observar é a frequência com que a pessoa bebe. Quem não consegue se controlar e bebe durante o decorrer da semana já está começando a desenvolver um vício e não se dá conta disso. Mas existem outros sintomas que acompanham a pessoa desde o início do vício, mas que se acentuam bastante depois de algum tempo. Esses são (e estão associados a): Ansiedade; Irritabilidade; Excitabilidade; Esquecimento; Confusão mental; Coloração amarelada da pele e das mucosas; Falta de coordenação motora. Os sintomas podem ser todos ou somente alguns destes. É a maneira mais fácil de identificar quando uma pessoa está se tornando viciada em bebida alcoólica COMO É O TRATAMENTO PARA ALCOÓLATRAS Uma pessoa que sofre com o mal do alcoolismo precisa ser internada numa clínica de recuperação especializada e legalizada para conseguir se livrar desse mal. Sem essa ajuda, dificilmente será bem-sucedida a iniciativa. Isso porque a pessoa viciada não encontra dentro de si as forças necessárias para se tratar e curar. Nas Clinicas Terapêuticas Grupo Jovens Livres, o tratamento do alcoolismo foi desenvolvido cuidadosamente e especialmente para atender quem sofre com o vício do álcool e resolver com eficácia todas as particularidades que envolvem os dependentes do álcool, tratando-os separadamente dos dependentes de outras drogas, elevando a autoestima do dependente e das pessoas ao redor dele. Nosso modo de trabalho é desenvolvido para tratar não somente a dependência em álcool, mas também para cuidar das áreas emocionais, físicas e psicológicas do paciente. Dessa forma, nossos pacientes não são apenas recuperados do vício, eles retomam a alegria de viver com qualidade de vida. INTERNAÇÃO PARA TRATAMENTO DE ALCOÓLATRAS É pensando nisso que o Grupo Jovens Livres oferece serviços de Internação Voluntária e Internação Involuntária para as pessoas que necessitam de tratamento contra alcoolismo e o serviço de Resgate 24 horas. Nossas excelentes acomodações, um acompanhamento personalizado para cada interno, profissionais qualificados e um programa exclusivo de tratamento, proporcionam a melhor experiência aos nossos pacientes e um tratamento adequado e seguro. LOCAL PARA TRATAMENTO DO ALCOOLISMO As Clinicas Jovens Livres oferece o melhor tratamento para os pacientes com dependência em alcoolismo. Nossos tratamentos para alcoólatras são ministrados nas Clinicas Credenciadas com o Grupo Jovens Livres, que possui as condições apropriadas e adequadas para a recuperação e reabilitação integral. Além de um espaço exclusivo, os métodos de tratamentos são elaborados especialmente para resolver com eficácia todas as particularidades que envolvem os pacientes, tendo como foco a raiz do problema, não tratando de forma superficial o uso do álcool. Desenvolvido especialmente pensando no conforto e segurança dos pacientes, suprimos todas as necessidades e particularidades que envolvem um tratamento de reabilitação humana qualificado. Com capacidade para atender confortavelmente 36 pacientes simultaneamente. Este número é ideal para proporcionarmos o melhor tratamento, com excelentes resultados e porque, tratamos cada paciente individualmente. As Clinicas Jovens Livres estão Localizadas em Todo o Brasil, em meio a natureza, é um ambiente familiar que promove a sensação de relaxamento, paz interior e equilíbrio. O álcool (ou bebida alcoólica) é uma substância preparada para ser ingerida e causar embriaguez nas pessoas. Mesmo que tentem lhe dizer o contrário, acredite: Não é para outra finalidade. Muitas pessoas estão presas à ideia de que bebem para “esquecer os problemas”, “para se divertir melhor”, “para desestressar”, não conseguem compreender que estão se tornando vítimas de um mal que irá atormentar lhes por muitos anos, já que irá viciá-las e machucá-las muito.
Tratamento do Alcoolismo content media
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16 de dez. de 2021
In Perguntas e respostas
​Quais são os sinais que revelam que é hora de internar? Quando o tratamento no consultório esgota todas as possibilidades de tratamento sem internação; Quando o paciente já não consegue desenvolver suas atividades, perde o emprego, abandona os estudos, não cuida mais da família ou de si mesmo; Quando o paciente oferece risco à sua própria integridade física ou às pessoas que o cercam; Como é feita a internação? A família ou paciente devem ligar para o setor de relacionamento ao cliente, que está devidamente qualificado para passar todas as orientações de como proceder, qual Unidade é ideal para cada caso. Quais são tipos de tratamento que a CLINICA JOVENS LIVRES oferece? Oferecemos tratamento para transtornos mentais e para dependentes químicos. Atendemos homens e mulheres, adolescentes maiores de 14 anos e internações voluntárias e involuntárias. ​Internar o paciente em uma das unidades da CLINICA MAIA pode proporcionar um tratamento muito mais rápido? Sim, internar o paciente torna o tratamento muito mais rápido do que o tratamento apenas realizado no consultório. E com a CLÍNICA JOVENS LIVRES, a qualidade do tratamento oferecido durante a internação vai além do protocolo tradicional de uma clinica. Isso permite atender as necessidades de cada paciente, agilizando assim o processo de recuperação. Nosso objetivo é oferecer o tratamento individualizado, adequado a cada paciente, através de técnicas modernas e profissionais especializados. ​Como a CLINICA MAIA pode atuar na prevenção da Dependência Química? Promovendo palestras e cursos ministrados por profissionais especializados, em escolas, empresas, grupos comunitários e outras instituições. Acreditamos que a informação clara e objetiva é o recurso mais produtivo para a prevenção da Dependência Química. ​ Quais as etapas básicas do tratamento da Dependência Química? O tratamento compreende as etapas: desintoxicação, conscientização, reinserção social e tratamento em Hospital Dia e ambulatorial, com psicólogos e psiquiatras. Terapia Ocupacional. Como tudo isso pode ajudar na recuperação do paciente? Estamos falando sobre técnicas utilizadas nas terapias de grupo: Visa promover o ser humano como um todo, destacando os aspectos psíquicos (autoconhecimento, autovalorização, etc) e os aspectos sociais (relações interpessoais, atividades da vida pratica e diária, comunicação, etc) de acordo com as necessidades do paciente e respeitando os limites individuais. Para tanto, utiliza-se a atividade como principal recurso terapêutico. Assim, a terapia ocupacional é fundamental para o paciente restabelecer relações. Os pacientes fazem trabalhos em marcenaria, arte em papel e tecidos, entre outros, sempre considerando atividades individuais e coletivas que trazem o conteúdo da sociedade para dentro da clinica – é muito importante o paciente ficar em atividade terapêutica. O paciente também tem oportunidade de assistir a vídeos, aprender técnicas de relaxamento, além de trabalhar a aparência (autocuidado) Oficina Assistida de Trabalho: destina-se aos pacientes em fase de ressocialização. Para que eles conquistem dimensões de disciplina pessoal, administração de tempo e habilidades manuais para cumprir metas de trabalho. O tratamento na CLINICA JOVENS LIVRES é apoiado por diversos grupos terapêuticos, que visam à recuperação e a reestruturação familiar, social e profissional do paciente, para um novo estilo de vida, com mais qualidade e saúde.
Perguntas e Respostas jovens livres content media
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16 de dez. de 2021
In Discussões gerais
​O que é? A compulsão por álcool e drogas, dependência química, é considerada um transtorno mental, em que o portador perde o controle sobre o uso da substância, e a sua vida psíquica, emocional, espiritual e física vai se deteriorando gravemente. Nessa situação, a maioria das pessoas precisa de tratamento e de ajuda competente e adequada, através de uma clínica de internação psiquiátrica. O vício não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou um problema moral, é uma doença tão séria quanto a Diabetes. O paciente não escolhe ter a dependência química, mas pode sim optar pelo tratamento, e, assim como os diabéticos controlam o açúcar no sangue com medicações e cuidados com a alimentação, quem está nessa situação pode buscar ajuda para também controlar sua adicção e entender o ciclo da doença, considerada BIOPSICOSSOCIAL. A internação psiquiátrica por ser uma medida importante e, em alguns casos, até mesmo a internação involuntária. No entanto, é sempre preferível que a pessoa se conscientize da dependência e procure auxílio qualificado, por meio de uma clínica psiquiátrica de internação adequada e de excelência. É uma doença química: é provocada por uma reação química no metabolismo do corpo. O álcool e o tabaco, por exemplo, embora a maioria das pessoas os separe das drogas ilegais, são tão ou mais poderosas em causar vício em pessoas predispostas, como qualquer outra droga, ilegal ou não. É uma doença interna e não externa: as questões externas como dificuldades sociais, familiares, sexuais, profissionais não geram a compulsão. Existem fatores internos de cada organismo que atuam direta e indiretamente e contribuem para a instalação da doença, provocando uma predisposição física e emocional para o vício. É uma doença progressiva: o uso contínuo e sem tratamento de drogas pode se tornar cada vez mais intenso e perigoso para quem é usuário. É uma doença crônica incurável: indiferente de estar ou não em recuperação, usando ou não usando algum tipo de droga. Não existe cura, mas existe sim tratamento com êxito – contínuo e permanente. É uma doença controlável: mesmo que não se possa usar o álcool ou outras drogas de maneira “social” ou “recreativa”, o paciente, se aceitar e realmente se empenhar no tratamento, poderá viver muito bem sem a droga e sem as consequências negativas do seu uso frequente. É uma doença que atinge toda a família: o convívio com quem possui o transtorno faz com que sua família também adoeça emocionalmente, tornando-se necessário o tratamento de todos os familiares. As orientações a respeito de como lidar com a pessoa compulsiva e também de como encarar seus próprios sentimentos em relação a ela são essenciais. O apoio de todos é vital neste momento. É uma doença física: Se manifesta pelo aparecimento de profundas modificações físicas, alterando o metabolismo orgânico quando se interrompe o uso da droga. Essas alterações físicas obrigam o usuário a continuar consumindo a droga, caso contrário ocorre uma “crise ou síndrome de abstinência”. Essas alterações presentes na “Síndrome de Abstinência” se manifestam por sinais e sintomas de natureza física e variam conforme a droga. É uma doença psicológica: É a sensação de satisfação provocada pelo uso da droga que faz com que o indivíduo a utilize continuamente para permanecer satisfeito e evitar o mal estar da abstinência. Com a falta da droga, o indivíduo fica abatido e em péssimo estado psicológico. Quando privados da substância, quem está viciado sofre com modificações de humor, comportamento e mal-estar, devido aos tóxicos que criam a compulsão psíquica. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais); a dependência química se apresenta sob os seguintes sintomas: 1. Tolerância: Necessidade progressiva de maiores quantidades da substância pra atingir o efeito desejado;Significativa diminuição do efeito após o uso continuado da mesma quantidade da substância. 2. Abstinência: Presença de sintomas como ansiedade, irritabilidade, insônia e sinais fisiológicos (tremor) desconfortáveis após a interrupção do uso da substância ou diminuição da quantidade consumida usualmente; Consumo da mesma substância ou outra similar a fim de aliviar ou evitar os sintomas de abstinência. 3. Ingestão excessiva: Ingestão da substância em quantidades maiores ou por um período maior do que o período de uso inicial. 4. Desejo de diminuir O indivíduo expressa o desejo de reduzir ou controlar o consumo e a quantidade da substância ou apresenta tentativas nesse sentido, porém sem sucesso. 5. Perda de Tempo Boa parte do tempo do indivíduo é gasto na busca e obtenção da substância, na sua utilização ou na recuperação de seus efeitos. 6. Negligência em relação às atividades O repertório de comportamentos do indivíduo, como atividades sociais, ocupacionais ou de lazer pode ser extremamente limitado, pois a pessoa compulsiva fica em torno de atividades que envolvam o uso da substância. 7. Persistência no uso Embora o indivíduo se mostre consciente dos problemas ocasionados, mantidos e/ou acentuados pela substância, sejam físicos ou psicológicos, seu consumo não é interrompido. A COMPULSÃO POR ÁLCOOL E DROGAS OU DEPENDÊNCIA QUÍMICA É UMA DAS DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS MAIS FREQUENTES DA ATUALIDADE.
DEPENDÊNCIA QUÍMICA content media
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16 de dez. de 2021
In Discussões gerais
Nos dias de hoje os assuntos em torno da temática “drogas” estão em alta. Muito se fala sobre as consequências que o uso abusivo de drogas e a dependência química causam ao usuário, como problemas de saúde física e emocional, problemas sociais, problemas com a lei, entre outros. Mas, sabe-se também que as pessoas envolvidas com usuários abusivos e dependentes químicos, especialmente familiares e amigos, também são afetadas de várias formas. Seja pelo sentimento de impotência por não saber como auxiliar o dependente químico, ou ao perceber que o seu amor e cuidado não são suficientes para que este deixe de fazer uso da substância da qual é dependente. As pessoas que possuem uma forte ligação emocional com o dependente químico, geralmente familiares próximos, são as mais afetadas. É também no contexto familiar do dependente químico que se desenvolve a codependência. Inicialmente o termo codependência se referia a uma espécie de policiamento compulsivo da esposa com relação ao marido alcoolista, ampliando-se com o crescimento das dependências químicas nas últimas décadas. Atualmente, a codependência é compreendida como a tendência de viver focado no dependente químico, alienando-se de si mesmo. São apresentados comportamentos como minimização de problemas, tentativas de controlar, proteger e assumir a responsabilidade e as consequências dos atos do dependente químico. A codependência pode ser vivenciada por homens, mulheres, podendo ocorrer entre casais, ou na relação de pais com seus filhos, irmãos, relações de amizade, não estando restrita a familiares de dependentes químicos. A codependência se caracteriza por um distúrbio acompanhado de ansiedade, angústia e compulsão obsessiva em relação à vida do dependente químico. Pode-se dizer que familiares codependentes também apresentam uma forma de dependência, não de substâncias, mas sim do vínculo com o dependente químico. O codependente tem a intenção real de ajudar. Mas seu esforço tem pouco resultado. Pois o dependente químico acaba utilizando todo o potencial de ajuda que recebe do codependente para usar a droga. Desta forma o codependente acaba sendo um administrador de crises. Enquanto o sistema permanecer instável, os problemas e crises são administradas pelo codependente, e o dependente químico tem condições de continuar o uso de drogas. O codependente, em sua relação com o dependente químico, mantém o mesmo padrão de dependência que o dependente químico mantém com a droga. Na codependência, o cuidar e controlar o outro se tornam prioridade e há um desejo irresistível desses cuidados e controles. Como ocorre na dependência química, com a síndrome de abstinência, o codependente sem alguém para cuidar sente-se vazio, irritado e muitas vezes deprimido. Sendo que muitos, ao terem reconhecido sua codependência e estando a tratá-la, tem grandes chances de recaídas. Tem-se observado nos atendimentos a codependentes que, muitos deles, ao terem perdido um companheiro ou familiar dependente químico, acabam encontrando e firmando laços com outro. Na relação entre dependente químico e codependente, ambos fazem uso do outro para realizar suas próprias necessidades. O codependente tem a sua realização pessoal no papel de cuidador, que lhe dá um motivo para a existência. E o dependente químico encontra no codependente proteção, amparo e alguém para depositar as culpas e responsabilidades. Assim como no tratamento da dependência química, o codependente somente pode iniciar a modificação de seu relacionamento patológico com o dependente químico a partir do reconhecimento desta compulsão. O codependente precisa perceber e reconhecer que seu relacionamento com o dependente químico é patológico, e que seus esforços em ajudá-lo e protegê-lo estão fadados ao fracasso. Ao tratar a codependência, o familiar perceberá que não é responsável pelo uso de drogas do dependente químico e que a tão desejada sobriedade depende deste. É necessário aprender a abrir mão do dependente químico sem abandoná-lo! O reconhecimento e tratamento da codependência também é fundamental no tratamento do dependente químico. Em muitos casos o auxílio ao dependente químico inicia com o tratamento dos familiares. E estes, ao compreenderem e tratarem a codependência têm grandes chances de, com uma nova postura, auxiliarem o dependente químico de maneira efetiva. Recomenda-se como tratamento e acompanhamento aos familiares de dependentes químicos a participação em grupos de mútua ajuda (Nar-Anon e Amor Exigente), assim como acompanhamento psicológico.
Dependência Química e Co-Dependência content media
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16 de dez. de 2021
In Discussões gerais
É um grupo para os pais, parentes e amigos de dependentes químicos. É uma irmandade mundial de parentes e amigos de dependentes químicos que acreditam que suas vidas foram afetadas pela dependência química de alguém. Trata-se de um programa de recuperação de mútua ajuda, baseada nos Doze Passos do Nar-Anon, cujos membros compartilham suas experiências, forças e esperança a fim de solucionar os problemas que têm em comum. É um programa de recuperação que protege o anonimato de todos os membros da irmandade e de Narcóticos Anônimos (NA). É um programa espiritual compatível com todas as crenças religiosas. Possui um único propósito de ajudar os parentes e amigos de dependentes, quer o dependente esteja usando ou não. Compatível com o tratamento profissional, é autossuficiente e autossustentável através das contribuições voluntárias de seus membros , não há taxas ou mensalidades para a adesão.
Nar-Anon content media
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16 de dez. de 2021
In Discussões gerais
O Amor Exigente é um programa de auto e mútua ajuda que desenvolve preceitos para a organização da família, que são praticados por meio dos 12 Princípios Básicos e Éticos, da espiritualidade e dos grupos de auto e mútua-ajuda que através de seus voluntários, sensibilizam as pessoas, levando-as a perceberem a necessidade de mudar o rumo de suas vidas e do mundo, a partir de sis mesmas. Há 30 anos o amor Exigente (AE), atua como apoio e orientação aos familiares de dependentes químicos e também para pessoas com comportamentos inadequados. O programa eficaz estendeu-se também ao trabalho com Prevenção, passando a atuar como um movimento de proteção social já que é Amor Exigente, desestimula a experimentação, o uso ou abuso de tabaco, do álcool e de outras drogas, assim como luta contra tudo o que torna os jovens vulneráveis, expostos a violência, ao crime, aos acidentes de trânsito e à corrupção em todas as suas formas, são também propostas do Amor Exigente (AE).
Amor Exigente Clinicas Jovens Livres content media
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16 de dez. de 2021
In Perguntas e respostas
Se você quer o que nós temos a oferecer e está disposto a fazer um esforço para obtê-lo, então está preparado para dar certos passos. Estes são os princípios que possibilitaram nossa recuperação. 1 – Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis; 2 - Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade; 3 – Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós O compreendíamos; 4 – Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos; 5 – Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas; 6 – Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter; 7 – Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos; 8 – Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas; 9 – Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras; 10 – Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente; 11 – Procuramos, através de prece e meditação, melhorar o nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade; 12 – Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.
Os 12 Passos Clinicas Jovens Livres  content media
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16 de dez. de 2021
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"Estou aqui porque, finalmente, não há mais como refugiar-me de mim mesmo. Até que me confronte nos olhos e no coração dos outros, estarei fugindo. Até que sofra no partilhar dos meus segredos, não me libertarei deles. Temeroso de ser conhecido, não poderei me conhecer e nem aos outros. Estarei só. Onde, se não em meus companheiros, poderei encontrar este espelho? Nele posso enfim revelar-me claramente para mim mesmo. Não, como o gigante dos meus sonhos, nem como o anão dos meus temores, mas como alguém, parte de um todo, com a sua contribuição para o propósito comum. Sobre este fundamento posso me enraizar e crescer; Não mais solitário como na morte, porém vivo, para mim mesmo e também para o outro.“
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INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA Conforme a lei, a internação poderá ser voluntária ou não. A involuntária dependerá de pedido de familiar ou responsável legal ou, na falta deste, de servidor público da área de saúde, de assistência social ou de órgãos públicos integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad). Esta internação terá duração máxima de 90 dias, e dependerá de avaliação sobre o tipo de droga, o padrão de uso e a comprovação da impossibilidade de uso de outras alternativas terapêuticas. Nós da Clinica Recuperação Goiania - Internação Involuntária disponibilizamos a Lei na integra do Diário Oficial. Veja Abaixo no Diário Oficial da União: DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Publicado em: 06/06/2019 | Edição: 108 | Seção: 1 | Página: 2 Órgão: Atos do Poder Legislativo LEI Nº 13.840, DE 5 DE JUNHO DE 2019 Altera as Leis n os 11.343, de 23 de agosto de 2006, 7.560, de 19 de dezembro de 1986, 9.250, de 26 de dezembro de 1995, 9.532, de 10 de dezembro de 1997, 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 8.315, de 23 de dezembro de 1991, 8.706, de 14 de setembro de 1993, 8.069, de 13 de julho de 1990, 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e 9.503, de 23 de setembro de 1997, os Decretos-Lei n os 4.048, de 22 de janeiro de 1942, 8.621, de 10 de janeiro de 1946, e 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e as condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas e para tratar do financiamento das políticas sobre drogas. O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, para tratar do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, definir as condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas e tratar do financiamento das políticas sobre drogas e dá outras providências. Art. 2º A Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 3º .................................................................................................................... § 1º Entende-se por Sisnad o conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos materiais e humanos que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre drogas, incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federal e Municípios. § 2º O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único de Saúde - SUS, e com o Sistema Único de Assistência Social - SUAS." (NR) "CAPÍTULO II DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS Seção I Da Composição do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas Art. 6º ..................................................................................................................... .......................................................................................................................................... Art. 7º-A. (VETADO). Seção II Das Competências Art. 8º-A. Compete à União: I - formular e coordenar a execução da Política Nacional sobre Drogas; II - elaborar o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, em parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e a sociedade; III - coordenar o Sisnad; IV - estabelecer diretrizes sobre a organização e funcionamento do Sisnad e suas normas de referência; V - elaborar objetivos, ações estratégicas, metas, prioridades, indicadores e definir formas de financiamento e gestão das políticas sobre drogas; VI - (VETADO); VII - (VETADO); VIII - promover a integração das políticas sobre drogas com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IX - financiar, com Estados, Distrito Federal e Municípios, a execução das políticas sobre drogas, observadas as obrigações dos integrantes do Sisnad; X - estabelecer formas de colaboração com Estados, Distrito Federal e Municípios para a execução das políticas sobre drogas; XI - garantir publicidade de dados e informações sobre repasses de recursos para financiamento das políticas sobre drogas; XII - sistematizar e divulgar os dados estatísticos nacionais de prevenção, tratamento, acolhimento, reinserção social e econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas; XIII - adotar medidas de enfretamento aos crimes transfronteiriços; e XIV - estabelecer uma política nacional de controle de fronteiras, visando a coibir o ingresso de drogas no País. Art. 8º-B. (VETADO). Art. 8º-C. (VETADO). CAPÍTULO II-A DA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS Seção I Do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas Art. 8º-D. São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre outros: I - promover a interdisciplinaridade e integração dos programas, ações, atividades e projetos dos órgãos e entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, previdência social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção do uso de drogas, atenção e reinserção social dos usuários ou dependentes de drogas; II - viabilizar a ampla participação social na formulação, implementação e avaliação das políticas sobre drogas; III - priorizar programas, ações, atividades e projetos articulados com os estabelecimentos de ensino, com a sociedade e com a família para a prevenção do uso de drogas; IV - ampliar as alternativas de inserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas, promovendo programas que priorizem a melhoria de sua escolarização e a qualificação profissional; V - promover o acesso do usuário ou dependente de drogas a todos os serviços públicos; VI - estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos programas, ações e projetos das políticas sobre drogas; VII - fomentar a criação de serviço de atendimento telefônico com orientações e informações para apoio aos usuários ou dependentes de drogas; VIII - articular programas, ações e projetos de incentivo ao emprego, renda e capacitação para o trabalho, com objetivo de promover a inserção profissional da pessoa que haja cumprido o plano individual de atendimento nas fases de tratamento ou acolhimento; IX - promover formas coletivas de organização para o trabalho, redes de economia solidária e o cooperativismo, como forma de promover autonomia ao usuário ou dependente de drogas egresso de tratamento ou acolhimento, observando-se as especificidades regionais; X - propor a formulação de políticas públicas que conduzam à efetivação das diretrizes e princípios previstos no art. 22; XI - articular as instâncias de saúde, assistência social e de justiça no enfrentamento ao abuso de drogas; e XII - promover estudos e avaliação dos resultados das políticas sobre drogas. § 1º O plano de que trata ocaputterá duração de 5 (cinco) anos a contar de sua aprovação. § 2º O poder público deverá dar a mais ampla divulgação ao conteúdo do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas. Seção II Dos Conselhos de Políticas sobre Drogas Art. 8º-E. Os conselhos de políticas sobre drogas, constituídos por Estados, Distrito Federal e Municípios, terão os seguintes objetivos: I - auxiliar na elaboração de políticas sobre drogas; II - colaborar com os órgãos governamentais no planejamento e na execução das políticas sobre drogas, visando à efetividade das políticas sobre drogas; III - propor a celebração de instrumentos de cooperação, visando à elaboração de programas, ações, atividades e projetos voltados à prevenção, tratamento, acolhimento, reinserção social e econômica e repressão ao tráfico ilícito de drogas; IV - promover a realização de estudos, com o objetivo de subsidiar o planejamento das políticas sobre drogas; V - propor políticas públicas que permitam a integração e a participação do usuário ou dependente de drogas no processo social, econômico, político e cultural no respectivo ente federado; e VI - desenvolver outras atividades relacionadas às políticas sobre drogas em consonância com o Sisnad e com os respectivos planos. Seção III Dos Membros dos Conselhos de Políticas sobre Drogas Art. 8º-F. (VETADO)." Art. 3º A Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, passa a vigorar com as seguintes alterações: "CAPÍTULO IV DO ACOMPANHAMENTO E DA AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS Art. 15. .................................................................................................................... ........................................................................................................................................... 'Art. 17. (VETADO).' Seção I Das Diretrizes Art. 18. .................................................................................................................... ........................................................................................................................................... Seção II Da Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas Art. 19-A. Fica instituída a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, comemorada anualmente, na quarta semana de junho. § 1º No período de que trata ocaput, serão intensificadas as ações de: I - difusão de informações sobre os problemas decorrentes do uso de drogas; II - promoção de eventos para o debate público sobre as políticas sobre drogas; III - difusão de boas práticas de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção social e econômica de usuários de drogas; IV - divulgação de iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso indevido de drogas; V - mobilização da comunidade para a participação nas ações de prevenção e enfrentamento às drogas; VI - mobilização dos sistemas de ensino previstos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, na realização de atividades de prevenção ao uso de drogas." Art. 4º A Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, passa a vigorar com as seguintes alterações: "CAPÍTULO II DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO, TRATAMENTO, ACOLHIMENTOE DE REINSERÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA DE USUÁRIOSOU DEPENDENTES DE DROGAS Seção I Disposições Gerais Art. 20. ................................................................................................................... ........................................................................................................................................... 'Art. 22. ................................................................................................................... ........................................................................................................................................... VII - estímulo à capacitação técnica e profissional; VIII - efetivação de políticas de reinserção social voltadas à educação continuada e ao trabalho; IX - observância do plano individual de atendimento na forma do art. 23-B desta Lei; X - orientação adequada ao usuário ou dependente de drogas quanto às consequências lesivas do uso de drogas, ainda que ocasional.' (NR) Seção II Da Educação na Reinserção Social e Econômica Art. 22-A. As pessoas atendidas por órgãos integrantes do Sisnad terão atendimento nos programas de educação profissional e tecnológica, educação de jovens e adultos e alfabetização. Seção III Do Trabalho na Reinserção Social e Econômica Art. 22-B. (VETADO). Seção IV Do Tratamento do Usuário ou Dependente de Drogas Art. 23. ................................................................................................................... Art. 23-A.O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma rede de atenção à saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas de internação em unidades de saúde e hospitais gerais nos termos de normas dispostas pela União e articuladas com os serviços de assistência social e em etapas que permitam: I - articular a atenção com ações preventivas que atinjam toda a população; II - orientar-se por protocolos técnicos predefinidos, baseados em evidências científicas, oferecendo atendimento individualizado ao usuário ou dependente de drogas com abordagem preventiva e, sempre que indicado, ambulatorial; III - preparar para a reinserção social e econômica, respeitando as habilidades e projetos individuais por meio de programas que articulem educação, capacitação para o trabalho, esporte, cultura e acompanhamento individualizado; e IV - acompanhar os resultados pelo SUS, Suas e Sisnad, de forma articulada. § 1º Caberá à União dispor sobre os protocolos técnicos de tratamento, em âmbito nacional. § 2º A internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de saúde ou hospitais gerais, dotados de equipes multidisciplinares e deverá ser obrigatoriamente autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento no qual se dará a internação. § 3º São considerados 2 (dois) tipos de internação: I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do dependente de drogas; II - internação involuntária: aquela que se dá, sem o consentimento do dependente, a pedido de familiar ou do responsável legal ou, na absoluta falta deste, de servidor público da área de saúde, da assistência social ou dos órgãos públicos integrantes do Sisnad, com exceção de servidores da área de segurança pública, que constate a existência de motivos que justifiquem a medida. § 4º A internação voluntária: I - deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa solicitante de que optou por este regime de tratamento; II - seu término dar-se-á por determinação do médico responsável ou por solicitação escrita da pessoa que deseja interromper o tratamento. § 5º A internação involuntária: I - deve ser realizada após a formalização da decisão por médico responsável; II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde; III - perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável; IV - a família ou o representante legal poderá, a qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento. § 6º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. § 7º Todas as internações e altas de que trata esta Lei deverão ser informadas, em, no máximo, de 72 (setenta e duas) horas, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização, por meio de sistema informatizado único, na forma do regulamento desta Lei. § 8º É garantido o sigilo das informações disponíveis no sistema referido no § 7º e o acesso será permitido apenas às pessoas autorizadas a conhecê-las, sob pena de responsabilidade. § 9º É vedada a realização de qualquer modalidade de internação nas comunidades terapêuticas acolhedoras. § 10. O planejamento e a execução do projeto terapêutico individual deverão observar, no que couber, o previsto na Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Seção V Do Plano Individual de Atendimento Art. 23-B.O atendimento ao usuário ou dependente de drogas na rede de atenção à saúde dependerá de: I - avaliação prévia por equipe técnica multidisciplinar e multissetorial; e II - elaboração de um Plano Individual de Atendimento - PIA. § 1º A avaliação prévia da equipe técnica subsidiará a elaboração e execução do projeto terapêutico individual a ser adotado, levantando no mínimo: I - o tipo de droga e o padrão de seu uso; e II - o risco à saúde física e mental do usuário ou dependente de drogas ou das pessoas com as quais convive. § 2º (VETADO). § 3º O PIA deverá contemplar a participação dos familiares ou responsáveis, os quais têm o dever de contribuir com o processo, sendo esses, no caso de crianças e adolescentes, passíveis de responsabilização civil, administrativa e criminal, nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. § 4º O PIA será inicialmente elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do primeiro projeto terapêutico que atender o usuário ou dependente de drogas e será atualizado ao longo das diversas fases do atendimento. § 5º Constarão do plano individual, no mínimo: I - os resultados da avaliação multidisciplinar; II - os objetivos declarados pelo atendido; III - a previsão de suas atividades de integração social ou capacitação profissional; IV - atividades de integração e apoio à família; V - formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano individual; VI - designação do projeto terapêutico mais adequado para o cumprimento do previsto no plano; e VII - as medidas específicas de atenção à saúde do atendido. § 6º O PIA será elaborado no prazo de até 30 (trinta) dias da data do ingresso no atendimento. § 7º As informações produzidas na avaliação e as registradas no plano individual de atendimento são consideradas sigilosas." Art. 5º A Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Seção VI Do Acolhimento em Comunidade Terapêutica Acolhedora Art. 26-A. O acolhimento do usuário ou dependente de drogas na comunidade terapêutica acolhedora caracteriza-se por: I - oferta de projetos terapêuticos ao usuário ou dependente de drogas que visam à abstinência; II - adesão e permanência voluntária, formalizadas por escrito, entendida como uma etapa transitória para a reinserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas; III - ambiente residencial, propício à formação de vínculos, com a convivência entre os pares, atividades práticas de valor educativo e a promoção do desenvolvimento pessoal, vocacionada para acolhimento ao usuário ou dependente de drogas em vulnerabilidade social; IV - avaliação médica prévia; V - elaboração de plano individual de atendimento na forma do art. 23-B desta Lei; e VI - vedação de isolamento físico do usuário ou dependente de drogas. § 1º Não são elegíveis para o acolhimento as pessoas com comprometimentos biológicos e psicológicos de natureza grave que mereçam atenção médico-hospitalar contínua ou de emergência, caso em que deverão ser encaminhadas à rede de saúde. § 2º (VETADO). § 3º (VETADO). § 4º (VETADO). § 5º (VETADO)." Art. 6ºA Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 33. (VETADO). "Art. 50. (VETADO)." (NR) "Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo." "Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Público ou do assistente de acusação, ou mediante representação da autoridade de polícia judiciária, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias nos casos em que haja suspeita de que os bens, direitos ou valores sejam produto do crime ou constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na forma dos arts. 125 e seguintes do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). § 3º Na hipótese do art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, o juiz poderá determinar a prática de atos necessários à conservação dos bens, direitos ou valores. § 4º A ordem de apreensão ou sequestro de bens, direitos ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata puder comprometer as investigações." (NR) "Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo competente. § 1º O juiz, no prazo de 30 (trinta) dias contado da comunicação de que trata ocaput, determinará a alienação dos bens apreendidos, excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma da legislação específica. § 2º A alienação será realizada em autos apartados, dos quais constará a exposição sucinta do nexo de instrumentalidade entre o delito e os bens apreendidos, a descrição e especificação dos objetos, as informações sobre quem os tiver sob custódia e o local em que se encontrem. § 3º O juiz determinará a avaliação dos bens apreendidos, que será realizada por oficial de justiça, no prazo de 5 (cinco) dias a contar da autuação, ou, caso sejam necessários conhecimentos especializados, por avaliador nomeado pelo juiz, em prazo não superior a 10 (dez) dias. § 4º Feita a avaliação, o juiz intimará o órgão gestor do Funad, o Ministério Público e o interessado para se manifestarem no prazo de 5 (cinco) dias e, dirimidas eventuais divergências, homologará o valor atribuído aos bens. § 5º (VETADO). § 6º Os valores arrecadados, descontadas as despesas do leilão, serão depositados em conta judicial remunerada e, após sentença condenatória transitada em julgado, serão revertidos ao Funad. § 7º No caso da alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado de registro e licenciamento em favor do arrematante, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem prejuízo da cobrança de débitos fiscais, os quais permanecem sob responsabilidade do antigo proprietário. § 8º Nos casos em que a apreensão tiver recaído sobre dinheiro, inclusive moeda estrangeira, ou cheques emitidos como ordem de pagamento para fins ilícitos, o juiz determinará sua conversão em moeda nacional corrente, que será depositada em conta judicial remunerada, e, após sentença condenatória com trânsito em julgado, será revertida ao Funad." (NR) "Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de quaisquer dos bens de que trata o art. 61, os órgãos de polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de sua conservação, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público e garantida a prévia avaliação dos respectivos bens. § 1º (VETADO). § 2º A autorização judicial de uso de bens deverá conter a descrição do bem e a respectiva avaliação e indicar o órgão responsável por sua utilização. § 3º O órgão responsável pela utilização do bem deverá enviar ao juiz periodicamente, ou a qualquer momento quando por este solicitado, informações sobre seu estado de conservação. § 4º Quando a autorização judicial recair sobre veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em favor do órgão ao qual tenha deferido o uso ou custódia, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à decisão de utilização do bem até o trânsito em julgado da decisão que decretar o seu perdimento em favor da União. § 5º Na hipótese de levantamento, se houver indicação de que os bens utilizados na forma deste artigo sofreram depreciação superior àquela esperada em razão do transcurso do tempo e do uso, poderá o interessado requerer nova avaliação judicial. § 6º Constatada a depreciação de que trata o § 5º, o ente federado ou a entidade que utilizou o bem indenizará o detentor ou proprietário dos bens. § 7º (Revogado). § 8º (Revogado). § 9º (Revogado). § 10. (Revogado). § 11. (Revogado)." (NR) "Art. 63. Ao proferir a sentença, o juiz decidirá sobre: I - o perdimento do produto, bem, direito ou valor apreendido ou objeto de medidas assecuratórias; e II - o levantamento dos valores depositados em conta remunerada e a liberação dos bens utilizados nos termos do art. 62. § 1º Os bens, direitos ou valores apreendidos em decorrência dos crimes tipificados nesta Lei ou objeto de medidas assecuratórias, após decretado seu perdimento em favor da União, serão revertidos diretamente ao Funad. § 2º O juiz remeterá ao órgão gestor do Funad relação dos bens, direitos e valores declarados perdidos, indicando o local em que se encontram e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua destinação nos termos da legislação vigente. § 3º (VETADO). § 4º (VETADO). § 5º (VETADO). § 6º Na hipótese do inciso II docaput, decorridos 360 (trezentos e sessenta) dias do trânsito em julgado e do conhecimento da sentença pelo interessado, os bens apreendidos, os que tenham sido objeto de medidas assecuratórias ou os valores depositados que não forem reclamados serão revertidos ao Funad." (NR) "Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores." "Art. 63-B. O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e objeto de medidas assecuratórias quando comprovada a licitude de sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal." "Art. 64. (VETADO)." (NR) "TÍTULO V-A DO FINANCIAMENTO DAS POLÍTICAS SOBRE DROGAS Art. 65-A.(VETADO). "Art. 67-A. Os gestores e entidades que recebam recursos públicos para execução das políticas sobre drogas deverão garantir o acesso às suas instalações, à documentação e a todos os elementos necessários à efetiva fiscalização pelos órgãos competentes." "Art. 72. Encerrado o processo criminal ou arquivado o inquérito policial, o juiz, de ofício, mediante representação da autoridade de polícia judiciária, ou a requerimento do Ministério Público, determinará a destruição das amostras guardadas para contraprova, certificando nos autos." (NR) Art. 7º(VETADO). Art. 8º(VETADO) Art. 9º(VETADO) Art. 10.(VETADO). Art. 11. O art. 2º do Decreto-Lei nº 4.048, de 22 de janeiro de 1942, passa a vigorar com a seguinte alteração: "Art. 2º .................................................................................................................... ............................................................................................................................................ § 3º As escolas do Senai poderão ofertar vagas aos usuários do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os operadores do Senai e órgãos e entidades públicos locais responsáveis pela política de drogas." (NR) Art. 12.O art. 3º do Decreto-Lei nº 8.621, de 10 de janeiro de 1946, passa a vigorar com a seguinte alteração: "Art. 3º .................................................................................................................... ............................................................................................................................................ § 3º As escolas do Senac poderão ofertar vagas aos usuários do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os operadores do Senac e os gestores locais responsáveis pela prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas." (NR) Art. 13.O art. 1º da Lei nº 8.315, de 23 de dezembro de 1991, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º, renumerando-se o atual parágrafo único para § 1º: "Art. 1º ..................................................................................................................... § 1º .......................................................................................................................... § 2º Os programas de formação profissional rural do Senar poderão ofertar vagas aos usuários do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os operadores do Senar e os gestores responsáveis pela prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas." (NR) Art. 14.O art. 3º da Lei nº 8.706, de 14 de setembro de 1993, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º, renumerando-se o atual parágrafo único para § 1º: "Art. 3º ................................................................................................................... § 1º .......................................................................................................................... § 2º Os programas de formação profissional do Senat poderão ofertar vagas aos usuários do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os operadores do Senat e os gestores locais responsáveis pela prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas." (NR) Art. 15. O art. 429 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte alteração: "Art. 429. ................................................................................................................. ............................................................................................................................................ § 3º Os estabelecimentos de que trata ocaputpoderão ofertar vagas de aprendizes a adolescentes usuários do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os estabelecimentos e os gestores locais responsáveis pela prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas." (NR) Art. 16. A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 53-A: "Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de estabelecimentos congêneres assegurar medidas de conscientização, prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas ilícitas." Art. 17.O art. 12 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, passa a vigorar com a seguinte alteração: "Art. 12. ................................................................................................................... ............................................................................................................................................ XI - promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas." (NR) Art. 18.O art. 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º: "Art. 306. ................................................................................................................ ........................................................................................................................................... § 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO - para se determinar o previsto nocaput." (NR) Art. 19.(VETADO). Art. 20.Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 5 de junho de 2019; 198º da Independência e 131º da República JAIR MESSIAS BOLSONARO SÉRGIO MORO PAULO GUEDES LUIZ HENRIQUE MANDETTA WELLINGTON COIMBRA ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.
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16 de dez. de 2021
In Perguntas e respostas
A Clinica de Recuperação Feminina em Goiânia tem sido referência em Goiânia e em todo o Estado de Goiás Possuímos experiência no tratamento para dependência química e no tratamento de alcoólatras e outras comorbidades. Nosso principal objetivo é proporcionar bem-estar e qualidade de vida ao dependente quimico em recuperação, buscando a modalidade que melhor se encaixa em cada caso, contribuindo efetivamente para o sucesso da recuperação do dependente e consequentemente, para o seu retorno ao connvivio familiar e social. Na Clinica de Recuperação Feminina em Goiânia, você encontra profissionalismo, reciprocidade, respeito e segurança. São fatos presentes em todos os nossos processos, desde o atendimento inicial ao retorno ao seu meio social. O tratamento na Clínica de Recuperação feminina em Goiânia para dependência química e alcoólica, pode ser realizado em três formas, sendo: Tratamento Voluntário, Involuntário e Compulsório. O Tratamento Voluntário, ocorre quando a paciente aceita de vontade própria; O Tratamento Involuntário, ocorre quando a paciente já perdeu o controle de sua vida e ações diárias, ficando a cargo da familia procurar uma unidade de tratamento e apresentar os fatos ao médico psiquiatra, o qual avaliará a necessidade da internação da dependente quimica; O Tratamento Compulsório, se dá por meio de oordemm judicial. Quanto tempo dura o tratamento feminino na Clinica de Recuperação em Goiania? O tratamento para dependente quimica, tem uma duração de 90 a 180 dias. Mas esta é apenas uma estimativa. Não existe um tempo exato que se pode dizer que uma dependente química ficará internada. Vários fatores podem influenciar no tempo de internação e alguns deles são: - Tipo de droga consumida; por quanto tempo consumiu; quantidade consumida; se consumiu mais de um tipo de droga; metabolismo da paciente e sua idade A duração dos nossos tratamentos para dependentes quimicos na clinica de recuperação em goiania é determinada por avaliação médico psiquiatra. O mais importante é que a paciente siga todo o processo do tratamento, sem interrupções, para que sua recuperação seja eficaz. Interromper o tratamento sem o consentimento médico é um erro muito grande. Isso pode piorar, e muito, a situação do paciente. Sem contar com a grande frustração que a família pode sentir e a própria paciente também. Recaídas podem acontecer no período da abstinência, período este onde a dependente química tem sintomas físicos e mentais por causa da interrupção do consumo da droga. Equipe Terapêutica na Clinica de Recuperacao Feminina em Goiânia para Tratamento de Dependentes Quimicos de alcool e outras drogas A equipe terapêutica da Clínica de Recuperação feminina em Goiânia GO, é formada por profissionais altamente capacitados e experientes, para proporcionar um atendimento com total excelência aos nossos pacientes e seus familiares. Cada função é realizada com estrema dedicação e profissionalismo, colaborando para a construção de relacionamentos saudáveis que auxiliam no processo de recuperação. Dentre os profissionais ( há variação de unidade para unidade) que fazem parte da nossa equipe terapêutica estão: Médico Psiquiatra Psicólogos Terapeuta Ocupacional Terapeuta Holístico Enfermeira Padrão Auxiliares de Enfermagem Nutricionista. Equipe de Monitoramento
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clinicasjovenslivres
16 de dez. de 2021
In Perguntas e respostas
A Clinica de Recuperação Masculina em Goiânia tem sido referência em Goiânia e em todo o Estado de Goiás Possuímos experiência no tratamento para dependência química e no tratamento de alcoólatras e outras comorbidades. Nosso principal objetivo é proporcionar bem-estar e qualidade de vida ao dependente quimico em recuperação, buscando a modalidade que melhor se encaixa em cada caso, contribuindo efetivamente para o sucesso da recuperação do dependente e consequentemente, para o seu retorno ao connvivio familiar e social. Na Clinica de Recuperação Masculina em Goiânia, você encontra profissionalismo, reciprocidade, respeito e segurança. São fatos presentes em todos os nossos processos, desde o atendimento inicial ao retorno ao seu meio social. O tratamento na Clínica de Recuperação Masculina em Goiânia para dependência química e alcoólica, pode ser realizado em três formas, sendo: Tratamento Voluntário, Involuntário e Compulsório. O Tratamento Voluntário, ocorre quando o paciente aceita de vontade própria; O Tratamento Involuntário, ocorre quando o paciente já perdeu o controle de sua vida e ações diárias, ficando a cargo da familia procurar uma unidade de tratamento e apresentar os fatos ao médico psiquiatra, o qual avaliará a necessidade da internação da dependente quimica; O Tratamento Compulsório, se dá por meio de ordem judicial. Quanto tempo dura o tratamento masculino na Clinica de Recuperação em Goiania? O tratamento para o dependente quimico, tem uma duração de 90 a 180 dias. Mas esta é apenas uma estimativa. Não existe um tempo exato que se pode dizer que uma dependente química ficará internada. Vários fatores podem influenciar no tempo de internação e alguns deles são: - Tipo de droga consumida; por quanto tempo consumiu; quantidade consumida; se consumiu mais de um tipo de droga; metabolismo da paciente e sua idade A duração dos nossos tratamentos para dependentes quimicos na clinica de recuperação em goiania é determinada por avaliação médico psiquiatra. O mais importante é que a paciente siga todo o processo do tratamento, sem interrupções, para que sua recuperação seja eficaz. Interromper o tratamento sem o consentimento médico é um erro muito grande. Isso pode piorar, e muito, a situação do paciente. Sem contar com a grande frustração que a família pode sentir e o próprio paciente também. Recaídas podem acontecer no período da abstinência, período este onde a dependente química tem sintomas físicos e mentais por causa da interrupção do consumo da droga. Equipe Terapêutica na Clinica de Recuperacao Masculina em Goiânia para Tratamento de Dependentes Quimicos de alcool e outras drogas A equipe terapêutica da Clínica de Recuperação Masculina em Goiânia GO, é formada por profissionais altamente capacitados e experientes, para proporcionar um atendimento com total excelência aos nossos pacientes e seus familiares. Cada função é realizada com estrema dedicação e profissionalismo, colaborando para a construção de relacionamentos saudáveis que auxiliam no processo de recuperação. Dentre os profissionais ( há variação de unidade para unidade) que fazem parte da nossa equipe terapêutica estão: Médico Psiquiatra Psicólogos Terapeuta Ocupacional Terapeuta Holístico Enfermeira Padrão Auxiliares de Enfermagem Nutricionista. Equipe de Monitoramento
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clinicasjovenslivres
15 de dez. de 2021
In Discussões gerais
Quando o assunto é dependência química, ainda existe nos dias de hoje muita desinformação e preconceito. Quando você ouve falar em dependência química, o que vem a sua mente? Por exemplo, quando você ouve falar que alguma pessoa foi presa por algum problema envolvendo drogas ou bebida alcoólica, qual sua primeira reação? A de muitos é criminalizar a pessoa que foi presa. Claro que ser pego com drogas é algo ilegal, independente se é para consumo próprio ou para comercialização. Você pode saber mais sobre esta lei aqui. A questão que quero frisar não é a se o ato de ser pego com drogas é ilegal ou não. Obviamente que é. Mas o que quero mostrar é a causa que fez com que a pessoa chegasse até ali. A tendência da maioria das pessoas é pensar que quem é pego com drogas é traficante, bandido. Sim, muitas vezes esse pensamento está correto, mas nem sempre. Normalmente a dependência química leva o indivíduo a fazer coisas que normalmente não faria, inclusive cometer crimes. Mas afinal, o que é a dependência química? Você vai descobrir logo a seguir! Continue a leitura! Dependência química: doença ou desvio de caráter? A dependência química é definida pela décima edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS) como um transtorno mental caracterizado por um grupo de sinais e sintomas decorrentes do uso de drogas. Alguns desses sinais são o uso compulsivo e crescente das drogas, o abandono de atividades comuns, cotidianas, como trabalhar, ir ao mercado, tomar banho, até mesmo alimentar-se. Enfim, o único objetivo do dependente químico se torna usar drogas e para ele nada mais importa. Mas isso não pode ser considerado um desvio de caráter, pois quando a pessoa começa a usar drogas, as funções cerebrais são afetadas e indivíduo perde o controle do consumo. As drogas liberam no cérebro um alto índice de dopamina, que é o neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer. Conforme o consumo da droga se repete, o cérebro do usuário assimila a prática como algo “bom” e “obriga” a pessoa a consumir cada vez mais para que a sensação de prazer se repita ou se prolongue. Outro problema que ocorre com o consumo abusivo de drogas é a tolerância. Com a prática cada vez mais constante, o cérebro do usuário acaba pedindo doses maiores da droga, pois a sensação de prazer diminui com a passar do tempo. Até o início dos anos 1960, a dependência química não era considerada uma doença e sim um desvio de caráter. Mas em 1964 a OMS começou a utilizar o termo “dependência” no lugar de “vício” ou “habituação”. Infelizmente, ainda nos dias de hoje muitos têm preconceito com dependentes químicos os rotulando como criminosos, mau-caráter, entre outros adjetivos que os diminuem. Então, qual a solução para combater a dependência química? Agora que você já sabe que a dependência química não é um desvio de caráter e sim uma doença, uma das primeiras coisas a fazer é divulgar esta informação para o máximo de pessoas possíveis! Afinal, é sempre melhor prevenir do que remediar, não é mesmo? Mas quando isso não é possível e a pessoa já se encontra refém da dependência química, o melhor a se fazer é procurar ajuda profissional através de uma clínica de recuperação. A princípio o dependente químico pode rejeitar este tipo tratamento, ou até mesmo se recusar a aceitar que está com um problema e que precisa de qualquer ajuda. Temos um artigo falando como você pode ajudar pessoas que se encontram nesta situação. Você pode lê-lo aqui.
O que é Dependência Química? content media
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clinicasjovenslivres
15 de dez. de 2021
In Discussões gerais
O Grupo Jovens Livres Já está clinicamente comprovado que a dependência química é uma doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Doença esta que se encontra entre as mais perigosas e devastadoras por afetar vários âmbitos na vida de uma pessoa. Tanto físico, quanto emocional, social, psicológico. A dependência química, além de destruir o próprio indivíduo vítima da doença, também pode destruir famílias inteiras. Imagine quão doloroso é para uma mãe ver seu filho sendo totalmente dominado e afetado pelo consumo abusivo das drogas. Além do sofrimento emocional que esta mãe com certeza sentirá - o que pode lhe trazer doenças físicas e psicológicas - este filho tem grandes chances de se tornar agressivo e atentar contra a própria vida de sua mãe. Isso apenas para ilustrar um dos vários cenários que a dependência química pode desenhar na vida de uma família. Temos um artigo que fala mais detalhes sobre o que é a dependência química e como ela age no corpo e na mente de uma pessoa. Você pode ler este artigo aqui . Sabendo que a dependência química é uma doença grave e uma pergunta que gera muita discussão é: dependência química tem cura? Vamos descobrir neste artigo! Continue comigo! Em primeiro lugar, reconhecer a doença! Antes de pensar numa cura, o próprio dependente químico precisa entender e aceitar que precisa de ajuda e de tratamento. Em muitos casos isso não acontece e é neste momento que a família precisa se empenhar e fazer o máximo para que ajude a convencer o ente querido de que ele está doente e precisa de cuidados. Esta pode ser uma tarefa não muito fácil, mas você pode verificar algumas dicas de como fazê-la neste artigo aqui. Aceitando ou não que está doente, a melhor coisa a se fazer é contatar uma clínica de recuperação, pois dependendo da situação em que se encontra o dependente químico, a internação, além de necessária, pode ser urgente. Mas afinal, dependência química tem cura? A dependência química é uma doença crônica, assim como hipertensão (pressão alta) e diabetes, portanto não possui uma cura propriamente dita. As chances de um dependente químico ter uma recaída após seu tratamento de reabilitação estão entre 40% - 60%. Mas se você conhece alguém que sofra com a dependência química, não desanime. A doença apesar de não ter uma cura, possui tratamento, assim como outras doenças crônicas. O tratamento contra a dependência química envolve diversas técnicas e procedimentos que ajudam o paciente a ficar livre da doença. A parte que geralmente é mais trabalhada no tratamento é a terapia, pois não basta o paciente abandonar o uso da substância química, mas precisa estar com a mente fortalecida para evitar ou reduzir ao máximo as chances de ter uma recaída. Além da ajuda dos familiares e profissionais, um dos principais motivos que evitarão uma recaída é a autoajuda do dependente químico. Isso significa que mesmo depois que o processo de internação na clínica de recuperação termine, o paciente não pode pensar que está totalmente curado e que nunca mais terá problemas com a dependência química. Não quer dizer também que ele deve ter um pensamento pessimista achando que pode ter uma recaída a qualquer momento. Nada disso. Porém deve manter-se cauteloso, sempre alerta para evitar situações de risco e prosseguir com um pós-tratamento, frequentando sessões de terapia que o ajudarão a evitar momentos ou ocasiões que podem levá-lo a ter uma recaída. O Grupo Jovens Livres possui uma equipe profissional totalmente qualificada para tratar os pacientes com dependência química. Nosso objetivo é sempre reabilitar nossos pacientes e fazer de tudo o que estiver ao nosso alcance para que nenhum deles tenha uma recaída. Mas caso isso ocorra, estamos prontos para continuar ajudando!
Dependência Química tem Cura? content media
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Administrador

Yago Maciel Campos

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