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Pós Tratamento

RESUMO

 

O presente trabalho busca analisar a recaída e a reinserção social do dependente químico, sendo a recaída uma das fases do tratamento que requer maior atenção, pois é neste momento que qualquer frustração, nervosismo, discussão, briga, ou algum fato que abale emocionalmente o dependente químico pode levá-lo a procurar as drogas novamente como forma de descontrole emocional., É uma fase complexa e complicada, caso aconteça. Medidas para que ela não ocorra devem ser tomadas. Clinica de recuperação de Drogas

 

Estratégias que podem ser aplicadas conjuntamente ou logo após o tratamento primário (desintoxicação ou reabilitação). Em geral estas estratégias têm o objetivo de antecipar (e lidar) com as situações em que os pacientes terão possibilidade de recair, ajudando-os a adquirir instrumentos eficazes para evitar uma recaída, também modificando seu estilo de vida. Assim sendo são efetivas na redução da exposição dos indivíduos às situações de risco, fortalecendo suas habilidades de evitar uma recaída. pós tratamento

 

A reinserção social deverá ser analisada quanto à necessidade de se combater alguma recaída no uso de alguma substância, por isso, é fundamental que a pessoa mantenha uma rotina diferenciada da que vivia anteriormente, seja nos locais onde frequentava, como seu lazer, ou seja, sem contato intenso com as suas amizades e influências negativas.

 

A procura de ocupação, como emprego, esportes, estudos, religiões pode auxiliar os usuários num primeiro momento, em que estão mais vulneráveis, proporcionando maiores chances de sucesso, pois como já vimos, a ocupação do tempo com temas produtivos podem ajudar o dependente a não “jogar” todo o trabalho e esforço fora. Clinica de recuperação de drogas 

 

INTRODUÇÃO

 

 

A prevenção a recaída nas drogas requer cuidados em relação a diversos fatores que podem desencadeá-los e, via de regra, têm origem psicológica e social: são os chamados gatilhos emocionais. O trabalho de reabilitação do paciente em adicção depende da abstinência, de modo que cabe ao paciente e às pessoas próximas evitar determinados tipos e situações.

 

 

A Prevenção da Recaída tem como objetivo principal a capacidade de modificação de comportamentos do indivíduo, no manejo junto as pressões e problemas que podem levar a uma recaída. O Paciente precisa aprender a identificar sinais de alerta precoces destas situações potenciais de recaída e as habilidades necessárias de enfrentamento, a fim de conseguir modificar suas crenças e expectativas acerca de seu comportamento.

 

Não importa qual a sua dependência, nem o tipo de droga que você use. O importante é saber que ninguém consegue fazer uma mesma coisa, da mesma forma, todo o tempo, seja ela boa ou má. Sempre vão existir exceções, que devem ser pesquisadas em conjunto pelo terapeuta e pelo paciente, que uma vez descobertas, poderão se tornar a base de sustentação de outras exceções. Se um paciente percebe a exceção como sendo alguma coisa sobre a qual ele tem um certo controle e, portanto, pode repetir, fica encorajado a “fazer mais vezes, aquilo que funciona”.

 

DESENVOLVIMENTO

 

Existe uma série de mudanças envolvidas na prevenção da recaída, principalmente no que diz respeito a mudanças de hábitos, ambientes, amizades etc.

 

  • necessário evitar pessoas e situações que levem ao uso das substâncias e cabe a cada paciente, com ajuda especializada, descobrir quais são os ambientes onde se sente seguro em relação ao risco de recaída.

 

Muitos pacientes precisam reformular todo seu círculo de amizades, bares e lugares que costumava frequentar, amigos que seguem usando drogas, situações emocionais que despertam o desejo do vício. Por meio de terapia adequada, acompanhamento profissional e a busca por autoconhecimento e autocontrole, o paciente vai aos poucos desenvolvendo uma nova rotina onde o consumo de drogas não está incluso, estabelecendo novos laços sociais saudáveis e descobrindo o interesse em novas atividades.

 

A recaída começa muito antes do ato de consumir a droga novamente, começa com uma situação que gera algum tipo de necessidade de anestesiar as emoções. Ou seja, é o sofrimento emocional que leva o paciente a refugiar-se novamente no uso de drogas, desconectando-o do compromisso que assumira consigo mesmo ao aceitar seguir o tratamento.

 

 

Existe uma série de situações que podem aumentar drasticamente as chances de recaída, tais como:

 

  • Depressão e outras doenças emocionais;

 

  • Problemas em casa;

 

  • Pressão social ou no trabalho;

 

  • Ambientes onde ocorre o consumo de drogas;

 

  • Pessoas sob efeito de drogas;

 

  • Amigos ou conhecidos que oferecem as substâncias;

 

  • Estados de euforia;

 

  • Doenças graves;

 

  • Fim de relacionamento.

 

 

O papel da família é essencial na prevenção à recaída no uso de drogas, pois os pacientes com apoio familiar apresentam melhora rápida no tratamento, recuperação e prognóstico. Ou seja, o dependente tem menos chance de voltar a consumir drogas se puder contar com a compreensão e a ajuda de seus familiares e demais pessoas próximas.

 

A prevenção a recaída no consumo de substância, portanto, depende de cada caso, dos gatilhos emocionais do paciente e, sobretudo, do suporte emocional que ele recebe de seus entes queridos.

 

Somente quando o dependente acredita ter motivos para melhorar e manter-se sóbrio é que este encontra forças para lutar diariamente contra a força avassaladora do vício. Essa é uma doença grave e sem o tratamento adequado dificilmente o paciente vai conseguir se ajudar sozinho.

 

O crescimento do interesse público e governamental com relação ao uso e abuso de substâncias psicoativas se dá devido à relação entre o consumo dessas substâncias e a criminalidade, violência, morbimortalidades e, consequentemente, aos elevados custos para os serviços públicos de saúde e previdência social.

 

Considerando esse um problema complexo o Ministério da Saúde reforça que o uso e/ou abuso de álcool e outras drogas representam problema que é do âmbito da saúde pública, pressupondo uma interface entre os programas do Ministério da Saúde e de outros ministérios (Justiça, Educação, Secretaria de Direitos Humanos), organizações governamentais e não-governamentais e demais representantes da

 

 

sociedade civil organizada, garantindo, intersetorialidade na construção de uma política de prevenção, tratamento e educação para o uso/consumo de álcool e outras drogas.

 

A situação de dependência química envolve questões sociais, políticas e psicológicas que formam um contexto extremamente complexo, pois as substâncias psicoativas causam mudanças cerebrais irreversíveis, problemas físicos, familiares e profissionais, demandando tratamento abrangente e atuação terapêutica através de equipe multidisciplinar.

 

Atualmente os modelos terapêuticos mais utilizados para o tratamento de indivíduos dependentes contam com abordagem educacional e integrada, focalizando intervenções específicas de terapia de estimulação motivacional e prevenção de recaídas.

 

A importância da família na reinserção social do indivíduo é destacada pela relevância para a segurança emocional e social do dependente durante essa fase. A família também é importante na reabilitação psicossocial que é obtida por meio de apoio, confiança e diálogo com os próprios dependentes, em caso de internação o retorno à família constituiu o primeiro passo para a reinserção social, sendo este mais fácil ou difícil dependendo do interesse e preocupação dos envolvidos. Uma estratégia essencial para a reinserção social do dependente é a contínua interação de sua família.

 

Existe ainda uma grande ausência de políticas públicas que envolvam a reintegração desses indivíduos e a superação da discriminação social. Essa é, possivelmente, a parte mais complexa do tratamento e o fracasso da reabilitação psicossocial que muitas vezes associa o indivíduo à dependência.

 

CONCLUSÃO

 

A dependência química envolve aspectos biológicos, psicológicos e sociais do indivíduo. Para uma recuperação efetiva, todos esses fatores devem ser bem trabalhados. O restabelecimento das relações sociais, por exemplo, é fundamental para a construção de uma nova história e a continuidade das transformações ocorridas no processo de recuperação.

 

A desintoxicação é apenas uma parte do tratamento — tão importante quanto isso é a reinserção social. Nesse sentido, o isolamento não é a melhor forma de reintegrar o dependente em abstinência. Ao contrário, o ideal é que ele encontre

 

 

apoio nos relacionamentos e no convívio com outras pessoas. É essencial que ele saiba que pode contar com aqueles que estão ao seu redor.

 

Não é nada fácil conviver com um dependente químico, e somente quem já enfrentou essa situação sabe que muitas mágoas podem permanecer. Contudo, a pessoa que está em fase de recuperação necessita, mais do que nunca, de acolhimento, compreensão, atenção e respeito. Se o indivíduo se sentir amparado e valorizado em suas relações sociais, ele adquire muito mais força e motivação para reconstruir sua vida.

 

A família é um dos principais pilares para a recuperação do dependente químico, sendo corresponsável pelo tratamento e pela reinserção social de seus entes. Isso significa que, além de suporte emocional, presença e disposição para ajudar, os familiares também precisam passar por acompanhamento durante esse processo, a família também precisa de suporte para compreender a dinâmica que foi construída e de que forma as relações familiares podem contribuir para a melhoria ou para o agravamento da dependência química.

 

Sem dúvida, o retorno ao convívio familiar representa importante etapa no processo de reinserção social do tratamento da dependência química, devendo, na medida do possível ocorrer da forma mais natural e tranquila possível.

www.jovenslivres.com

O principal intuito desse artigo é demonstrar ao leitor, tanto o familiar que convive com uma pessoa que tem o problema da adicção quanto para o adicto que está em processo de recuperação, como Manter-se Limpo Fora das Clinicas de Recuperação. Cada dia limpo, é uma batalha, e consequentemente, um dia à se vencer. Tanto é que existem maneiras diferentes de se enfrentar esse processo, umas mais dolorosas e outras mais brandas. Mas esse texto, irá ajudar a compreender o porquê é tão necessário a prática da utilização de rotinas para o tratamento de dependência química.

Uma Rotina de Sucesso

 

Para pessoas que sofreram processos de internação, a questão de adaptação à uma nova rotina dentro desses centros de tratamento, não é algo que de imediato é aceitável para o adicto. Transformar velhos hábitos e comportamentos não é algo tão simples, ainda mais repentinamente. É preciso coragem e predisposição para se mudar esses hábitos. Porém, nem todo o processo de institucionalização é voluntário, existem processos involuntários e compulsórios.

Práticas Recorrentes

 

Muitas das pessoas desconhecem a necessidade e a importância de uma criação de rotina saudável. Mas a rotina é uma fixação de práticas recorrentes que fazem com que seu metabolismo, aos poucos vá se adaptando à essas atividades. Quando se está em processo cíclico de vício / dependência / uso frenético, onde a rotina se altera e se adequa ao uso da substância, esse tipo de prática, mesmo que não traga benefícios ao corpo, é registrada pelo cérebro como algo aparentemente bom, justamente por causa da atuação da substância no sistema de recompensa do cérebro.

Por isso a necessidade de alterar essas práticas. Transformá-las em práticas que apesar de parecerem “estranhas” à princípio, refletem na saúde do indivíduo à longo prazo e consequentemente na saúde mental, portanto rotinas de sucesso. Entretanto, existe uma correlação entre rotinas saudáveis e a auto-estima. Justamente, é a auto-estima que faz com que criemos consciência de olharmos para nós mesmos com carinho, cuidado e atenção. Como cita o site personare.com.br na correlação entre mente saudável e auto-estima como resultado de uma rotina pré-estabelecida positiva.

É exatamente isso que se ocorre dentro de uma clínica. Lá, a alteração da rotina, aliada à atividades positivas, justamente trazem no futuro, a sensação de bem estar. E é nesta sensação que o indivíduo, que se encontra institucionalizado, deve prestar muita atenção, justamente, porque essa é uma das chaves de sucesso em como proceder para manter-se limpo fora de clínicas e instituições.

Práticas do Bem

 

Se quando você estava internado você aprendeu que tinha que abaixar o “ego” e forçar à sua mente a aderir ao tratamento, porque não trazer isso para fora da instituição? Se você levantava cedo, praticava exercícios, comia o necessário, praticava sua espiritualidade, e depois fazia com suas obrigações, porque não trazer isso sua rotina fora da instituição? É aparentemente simples, mas só depende de você.

Ao invés de acordar meio-dia e assistir à séries o dia todo. Ficar comendo junk-food em todas as refeições aliado à uma rotina sedentária, e achar que por fim um milagre vai acontecer sendo passivo em todas as situações. Sinceramente, é como esperar se tornar milionário na mega sena sem ao menos jogar uma vez.

Têm de se alterar e manter o ritmo circadiano do seu corpo fora da instituição. Acordar cedo, comer coisas saudáveis, praticar exercícios, ter um momento de espiritualidade, e por fim, correr atrás do prejuízo. Se houve perda de emprego por causa de droga/álcool, criar uma rotina para procurar trabalho é algo válido. Se houve um processo de esquecimento do “eu” interior, que tal resgatá-lo?

A clínica não está lá apenas para cessar o uso de imediato. Mas sim para trazer a sensação de cuidado e de carinho necessário do adicto para com ele mesmo. Para que veja o quanto suas práticas do bem e comportamento que são benéficos para com ele mesmo nos momentos de sobriedade, e então, trazer isso ao longo do processo de recuperação.

Exemplificando

Para facilitar o entendimento, vou exemplificar como eu Renan Rugolo Ré, adicto hoje em recuperação, fiz para que essas práticas fossem se alternando depois que saí da instituição. Vou demonstrar como era minha vida no processo de uso, durante a internação e como hoje faço para manter minhas práticas positivas para comigo mesmo.

Durante o uso eu não comia. Quase não fazia minhas refeições. Eu justamente ficava preso ao uso e como eu iria recorrer à ele, de que maneira e como. Eu não me alimentava, não me hidratava, eu não dormia, eu não acordava durante o dia. Trocava o dia pela noite, fora que eu fumava demasiadamente.

Quando eu fui internado, minhas mordomias de mãe, cessaram. Eu tinha que lavar minha própria roupa, tinha que participar de reuniões, tinha que criar uma espiritualidade que eu detestava para com pessoas que eu sequer conhecia. Era muito difícil a princípio, mas ao longo do processo do tratamento, com a necessidade de adesão à práticas, essa resistência foi se tornando responsabilidade e ao longo, persistência.

Hoje, fora da instituição, eu tenho minha rotina. Eu acordo todos os dias entre 6 e 7 da manhã. Eu tomo meu café da manhã, faço um carinho em meus gatos, e vou pro computador. Trabalhar? Não, eu vou justamente ter meu momento de espiritualidade. Vou ver pessoas conquistando coisas muito grandes com pequenas atitudes. Vou reler e ler as meditações diárias de “N.A” e tentar trazer pra minha vida. Vou agradecer e ter gratidão, pelo ontem e me esforçar para hoje me manter limpo.

Logo vou trabalhar em meus artigos, e ler vários textos relacionados à processos de comportamento adictivos e como alterá-los. Eu vou dando um passo de cada vez, e plantando todo dia um pouquinho de boas atitudes, e tenho certeza que elas aos poucos a ao longo do tempo, se voltarão à mim com bons frutos.

Eu não me considero hoje, uma pessoa que sofre de uma ansiedade incontrolável. Hoje, consigo refletir sobre minhas atitudes. Consigo entender que existem coisas que não dependem de mim, e o melhor ainda, eu não faço mais nada na busca de aprovação do outro, principalmente de pai e de mãe. Eu faço por mim, para mim e para comigo mesmo. Hoje eu sei que se o Renan não tiver uma mente sadia, ele ferra consigo mesmo e com todos ao seu redor.

A Escolha é Sua

 

Sabemos que não é fácil como manter-se limpo fora das clinicas de recuperação. mudar, sabemos que dói mudar e que gera desconforto. Somos tão acostumado à nossa zona de conforto que as vezes, mesmo saindo dela, temos a tendência a voltar, mas, tomar as mesmas atitudes anteriores esperando resultados diferentes, só fazem com que mergulhemos mais ainda no processo da nossa própria ignorância.

Como manter-se limpo fora das clinicas de recuperação?

Temos que erguer a cabeça e enfrentar a dor, entender que ao longo de estar sóbrio colheremos frutos que sequer imaginaríamos colher quando em processo cíclico de uso. Entenderemos o real sentido da felicidade se começarmos a olhar para nós mesmos agora e plantarmos sementes do bem. Então para manter-se limpo fora de clínicas e instituições, as práticas são apenas nossas e só nós temos que conduzi-las. Ouvir que é difícil à princípio e fácil ao longo, dói. Mas por fim e felizmente, as escolhas, são nossas.

Como Manter-se Limpo Fora das Clinicas de Recuperação

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